sábado, 27 de fevereiro de 2010

As escrituras do Heavy Metal

No início, Dio criou o violão. E Dio ficou feliz com sua criação, mas não satisfeito, visto a imensidão de possibilidades. Logo após uma ou duas doses de Jack Daniel's, ele fez a guitarra e ficou maravilhado com sua criação.

Pensando que poderia ir ainda além, Dio criou o cavaquinho. Mas vira que fizeste merda, então reservou seu novo invento.

Após alguns dias, novamente inspirado com um ou dois “on the rocks”, Dio criou a bateria e ficou novamente maravilhado com o que acabara de conceber.

Ainda pensando nas possibilidades, ele criou o tamborim e novamente teve a sensação de que fizera merda. Ele guardou também o tamborim.

As criações que foram guardadas pela insatisfação do criador foram um dia descobertas pelo anjo caído, Rodriguinho, que os entregou aos homens para atos musicais infiéis.

Deste então, Dio percebeu que o anjo caído possuía um exército de seguidores, que deturpavam a sua criação e ainda usavam armas poderosíssimas contra sua heavy vontade, colocando mulheres altamente gostosas para dançar.

Então Dio se enfureceu, e com o estrondo de um trovão criou o baixo.

As criaturas malévolas, aliadas com luthieres infelizes, criaram o baixo de 6 e 7 cordas (possivelmente até mais), e Dio retrucou: “Isso se chama harpa!”, mas a horda do mal não entendera o que ele dizia.

Dio ainda sentia que faltava algo para que fosse possível um embate entre suas forças e as abnegações musicais criadas, então... Ele convocou seu anjo David Coverdale para que levasse aos homens o ensinamento do vocal.

Furiosos, a horda do mal então nomeou Belo como seu evil sacerdote, nomeando também Netinho para sumo sacerdote. Eles deveriam perpetuar o anti-ensinamento do vocal.

No ápice de sua fúria, Dio convocou uma reunião ultra-mega-super importante para que seus novos sacerdotes pudessem ensinar os diferentes vocais da Heavy Metalismo para seus seguidores. Foram então nomeados Rob Halford, Tony Martin, Bruce Dickinson, Ralph Sheepers, Tim Ripper Owens e Lemmy.

Lemmy fora chamado para ser um sacerdote vocal, mas estava muito chapado.

Dio resolveu que ele iria ser o responsável pelas inscrições dos mandamentos, mas Lemmy ainda permanecia muito chapado e não entendia o que Dio falava, muito menos conseguia talhar em pedra.

Lemmy chegou a esboçar esforço em talhar a pedra mas os fragmentos da pedra cortaram-lhe a face, dando a sua característica cara horripilantemente feia.

Mas Dio gostava de Lemmy e ninguém conseguia explicar o porquê. Assim sendo, Lemmy fora um dos escolhidos.

Já tendo falhado nas missões de ser um sacerdote vocal e de ser o responsável pelos mandamentos, Dio conferiu a Lemmy uma chance de redenção.

Steve Harris havia criado um líquido dourado e espumoso que ele vivia a degustar. Numa tarde de sábado Steve Harris disse a Dio: “Cê veja essa bebida que eu criei! É ótima!” Dio provou e adorou, e a batizou com o nome de “Cê veja”, que logo depois se tornou cerveja, por conta do sotaque dos paulistas.

A missão de redenção de Lemmy era trazê-la a nós, seguidores. Mas Lemmy foi além!

Ritchie Blackmore possuía uma fazenda com algumas cabeças de gado, mas a mesma ardia em chamas. Lemmy passava por lá no exato momento e ouviu que Blackmore o chamava pedindo por socorro. Lemmy não pestanejou, correu em direção ao curral, agarrou uma vaca pelos braços e a atirou nas chamas, regozijando-se de felicidade pelo seu ato de espírito de porco. A vaca atirada ficara sobre o telhado, acima das chamas, e produzia um cheiro curioso que despertou fome em Lemmy, que acabara por provar um pedaço.

Lemmy então conseguiu sua redenção trazendo a nós seguidores a cerveja e o churrasco.

Dio estava contente com suas criações, a evolução e tudo que se sucedia, mas o sentimento de que devia aumentar suas forças e ampliar seu exército ainda era latente.

Resolveu Dio trazer de uma longínqua galáxia uma criatura de grande valor, seu poderoso anjo Yngwie Malmsteen (por isso Malmsteen não é humano) para que aprimorasse entre os mortais a técnica da guitarra.

Mas Dio viu que que sua técnica também não era humana, logo não seria possível tocar como aquele anjo intergaláctico.

Dio refletiu durante eras e foi auxiliado por Cozy Powell.

Cozy então disse a Dio que mandasse Tony Iommi para disseminar a técnica da guitarra pelo mundo dos mortais. Tony o fez com presteza, mas ele cometeu um erro e foi punido por isso.

Tony Iommi conheceu um promissor rapaz chamado Chimbinha, e teve Chimbinha como sua promessa de revelação e seu futuro sacerdote da Holly Guitar, mas Chimbinha era evil.

Todo conhecimento adquirido por Chimbinha fora usado para montar o Apocalypso, profanando com um duro golpe o Heavy Metalismo. Por sua conduta e má utilização do ensinamento da Holly Guitar, Dio castigou Chimbinha.

E Dio disse: “Terás o cabelo mais esquisito que eu puder imaginar!” Isso explica o layout do Chimbinha. Não satisfeito, Dio ainda o castigou mais: “Tua mulher terá a voz mais escrota que a do Dave Mustaine.” E assim se fez.

Tony Iommi foi a Dio explicar que fora inocente em toda a história, porque realmente acreditava no potencial de Chimbinha e não percebera suas evis intenções, mas Dio foi implacável.

Dio tomou-se de fúria novamente e castigou Tony Iommi: “Tú, Tony Iommi, deste poder ao inimigo! Tú foste burro pra caralho! Qualquer dia lançarão o Guitar Hero Chimbinha para PS2, PS3 e PC, profanando ainda mais meu nome. Tú sofrerás minha ira!”

Dio decepou-lhe o coto dos dedos, tornou seu bigode indestrutível e o obrigou a ter Ozzy Osbourne como seu vocalista por anos.

O final dessa saga todos nós estamos a vivenciar...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

No lugar errado, na hora errada!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A maldição dos 27 anos

A “Maldição dos 27 anos” ou “Clube dos 27” seria uma maldição que ronda músicos de todo o mundo e começou depois da coincidência de vários músicos famosos morrerem com a mesma idade. Então criou-se a lenda de que este número seria maldito para eles.

Essa maldição contém lendas do rock em sua maioria, mas músicos de rap e R&B também podem ser encontrados nessa macabra coincidência.

O número 27 também tem um certo significado. Para a numerologia, o 27 significa uma transição, a passagem para um próximo estágio da vida. Ter 27 anos significa estar entrando na 3ª fase da vida, pois a vida muda de ciclo a cada 9 anos e isso significaria uma proximidade maior com Deus.



Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938)

Considerado por muitos o avô do rock n´ roll, mesmo com o pouco tempo de vida, influenciou músicos como Jimi Hendrix, Bob Dylan e Eric Clapton. Este último o chamava de o mais importante cantor de blues que já existiu.

Um mito popular conta que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi, em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como “Crossroads blues”, que falava de uma encruzilhada e do seu encontro com o demônio. Sua história foi pano de fundo para o filme “A Encruzilhada” (“Crossroads”), de 1986, com Ralph Macchio.

O bluesman morreu vítima de pneumonia, causada por sífilis fulminante. Mas a morte também foi relacionada com um assassinato. Robert era mulherengo e era grande a suspeita de uma possível morte encomendada por um marido enganado por umas das mulheres com que Robert flertava.



Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969)

Brian Jones foi um dos fundadores da lendária banda Rolling Stones. Ele convidou Mick Jagger e Keith Richards, em 1962, para formar uma banda. O nome escolhido se inspirou no trecho de uma canção de Muddy Waters que dizia “pedras rolantes não criam musgo”.

Apesar da fama e fortuna originada pelo sucesso da banda, Brian acabou por ceder ao uso desregrado de drogas, o que lhe valeu o desprendimento do grupo em 8 de junho de 1969. Menos de um mês depois, no dia 3 de julho, Brian foi encontrado morto boiando na piscina de sua mansão em Londres. A causa da morte foi overdose seguida de afogamento.

Porém, uma das suspeitas levantadas na época fora relacionada com seus companheiros de banda, liderado por Mick Jagger, suposto sumo-sacerdote de uma seita satânica, a “Proscess Church of Final Judment”, que o sacrificariam em troca de sucesso eterno.



Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970)

Jimi Hendrix é até hoje considerado o maior guitarrista de todos os tempos e sua obra influencia músicos de todas as idades.

Em 18 de setembro de 1970, Hendrix foi encontrado desacordado na cama do quarto de um hotel onde estava com sua namorada alemã, Monika Dannemann, após ter cheirado LSD em pó e tomado cápsulas com anfetaminas e sedativos, tendo, em seguida, se asfixiado em seu próprio vômito durante o sono. O laudo do hospital disse que Hendrix chegou ao hospital já morto. Seu corpo foi mandado de volta para casa e enterrado no Greenwood Memorial Park, em Renton, estado de Washington, nos Estados Unidos.



Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970)

Cantora norte-americana de blues, Janis foi influenciada pelo rock e pelo soul e possuía uma voz marcante. Fez de seu nome uma lenda nos anais da música, tanto pelo talento como por suas loucuras.

Numa viagem de trem na década de 60, a cantora, ídolo da geração “paz e amor”, ficou frustrada por ter transado com “apenas” 65 dos 365 homens que estavam a bordo.

Morreu sozinha num quarto de hotel por overdose de heroína em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles. Foi cremada no cemitério-parque memorial de Westwood Village, em Westwood, Califórnia, e numa cerimônia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico.



Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971)

Vocalista da banda The Doors, Jim virou uma lenda da música por suas letras e seu jeito de viver a vida como se vivesse em seu próprio mundo.

Foi encontrado morto na banheira de um apartamento em Paris. Muitos fãs e biógrafos especularam sobre a causa da morte. Existe uma versão de que ele teria cheirado uma potente heroína puríssima que sua namorada havia comprado. Outra hipótese seria um assassinato planejado pelas próprias autoridades do governo norte-americano. A CIA entra na jogada como a grande suspeita de ter eliminado Jim, pelo fato dele ter sido uma grande e má influência para os jovens ianques. Porém, o relatório oficial diz que foi ataque de coração a causa da sua morte.

Está sepultado no famoso cemitério do Père-Lachaise, em Paris. Devido a atos de vandalismo de alguns fãs, por diversas vezes a associação de amigos do cemitério sugeriu que o corpo fosse transferido para outra necrópole.



Gary Thain (15/05/1948 - 08/12/1975)

Viciado em heroína, Thain sofreu uma violenta descarga elétrica oriunda de seu baixo em setembro de 1975, durante uma apresentação da sua banda, o Uriah Heep, no Moody Coliseum, em Dallas. Depois disso, nunca mais se recuperou e acabou sendo encontrado morto em sua residência no dia 8 de dezembro do mesmo ano, pouco depois da sua saída compulsória do grupo devido ao seu exacerbado vício em drogas.



Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994)

Kurt, conhecido guitarrista e compositor do Nirvana e um dos protagonistas do cenário grunge, é tido como um dos maiores artistas da década de 90.

Suicidou-se com o tiro de uma espingarda na boca, em sua própria casa. A autópsia encontrou traços de tranqüilizantes e heroína no seu sangue. O nível de heroína era tão significante que, mesmo ele, famoso pela enorme quantidade que tomava, não poderia ter sobrevivido por muito mais tempo do que aquele que levou para disparar a arma.

De acordo com o livro “Heavier Than Heaven”, sua biografia, a irmã de Kurt afirma que, quando criança, ele dizia o quanto queria entrar para o “Clube dos 27”.

A personalidade confusa e conturbada fez de Kurt um cara suicida. Existe também lendas que sua mulher Courtney Love teria mandando matá-lo. Entretando, o fato é que ele já tinha uma grande tendência de auto-destruição. A heroína encontrada no sangue de Kurt era suficiente para matar 10 homens. Esse fato, levantado por Nick Broomfield, deixa dúvidas no ar sobre a morte: será que Kurt, com toda essa dose de droga ingerida, ainda conseguiria manejar uma espingarda? A verdade é que Courtney Love nunca foi investigada a sério.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sons que você não conhece... mas deveria!

Night Ranger - Sister Christian

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carta aberta a Pedro Bial

Sr. Pedro Bial,

Imagino que, infelizmente, minhas palavras jamais chegarão ao seu conhecimento. Mas pouco importa. Escrevo por indignação e não por reconhecimento. Escrevo por ter minha humanidade subestimada pela mediocridade, pela falta total de valores e princípios. Escrevo por entender o quanto sua presença na tela da TV é irrelevante e inoportuna. O senhor não imagina ou não faz idéia do quão ridículo é sua figura tentando convencer a audiência da importância que o BBB representa na vida da população. Na verdade é mais um formato de reality show que foi comprado e colocado goela abaixo em nosso povo. E o pior: o senhor é quem dá o último toque. É claro que o senhor nada mais é do que um empregado de uma sórdida emissora, fazendo o que lhe é mandado. Mas isto não lhe exime, tamanho o seu requinte ante às câmeras. O senhor é deprimente. É repugnante. É asqueroso. É tosco.

Fico pensando em seus anos e capitais gastos em escolas e universidades na sua formação para depois tornar-se um bufão. Tem gente que lhe considera um poeta. E eu pergunto: Como? Quem disse? Quem se animaria a ser poeta onde não há poesia? Que poeta é este que mata a flor e nos condena à mesmice? Creio que bufão lhe caiba melhor.

Sr. Pedro Bial, o senhor conduz um programa que em nada difere das rinhas de galos, cachorros, entre outras espalhadas pelos fundões deste país. O senhor conduz algo mais indigno: rinha de gente. É empobrecedor, sr. Bial, para que no final o ganhador saia com uma soma em dinheiro. E diga-se de passagem, não se compara ao montante arrecadado em patrocínios e ligações telefônicas durante os 3 meses de duração do programa. O senhor não contribui em nada com a sua gente. O senhor entorpece mentes e essas mentes entorpecem a realidade.

Por fim, gostaria ainda de dizer-lhe que acredito na mudança deste país, acredito em novos valores, acredito que o mundo possa mudar, que possamos almejar algo bem melhor que corpos sarados e conversas ordinárias no horário nobre. O senhor não estará lá, com certeza.

Como o senhor gosta muito de mandar gente para o paredão (entendo esta palavra e o ato em si como algo determinante e decisivo), eu gostaria de mandá-lo para esse tal paredão, no dia do triunfo final, no dia em que o povo ganhar as praças e as ruas, tomar os palácios e assumir as fábricas, ocupar a terra e produzir o pão. Com certeza, sr. Pedro Bial, o senhor fará parte da primeira leva que irá sumariamente para o paredão com destino ao nada. Para que assim tenhamos um mundo melhor.

Atenciosamente.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Rock X Carnaval

Toda vez que o carnaval se aproxima, surgem aqueles inúmeros seres humanos providos de alguma coisa útil na cabeça que detestam a festa mais popular do Brasil.

“Eu odeio carnaval! Enquanto não acabarem com isso, o Brasil não irá pra frente.” Essa é uma das teses sobre o assunto mais ouvidas país afora.

Há também opiniões um tanto quanto radicais. “Alguém aí já ouviu falar de Motörhead, um bando de cabeludos, feios e barulhentos? Tinha que colocar eles pra tocar no trio elétrico de Salvador e dar um fim nisso!”. Imagine a cena: Lemmy & cia. em cima de um trio, no calor de Salvador, estourando os auto-falantes com “Iron fist”.

E que tal irmos mais adiante nessa viagem, imaginando um “universo paralelo” onde o trio elétrico ao invés de ter sido criado por Dodô e Osmar tivesse como pais Chuck Berry e Elvis Presley, e a música baiana fosse ouvida por uma minoria de cabeludos com camisetas pretas do Olodum, Timbalada, Banda Eva e garotas com shortinhos deixando a bunda de fora?

Você já se imaginou debatendo num fórum de um site chamado “Pombo Correio” qual o maior hino que Carlinhos Brown já concebeu? “Bebeu água? Tá com sede?” ou “Vai buscar Dalila ligeiro”? Isso sem falar que haveria muitos pais e mães que proibiriam seus filhos de ouvir os discos daquele maluco baiano, porque acreditariam que ele tem pacto com o demônio.

Como seria um debate pra escolher a maior vocalista do mundo? Ivete e Cláudia Leite dividiriam os votos dos internautas, mas com certeza haveria os “puristas”, que prefeririam as vozes clássicas de Daniela Mercury ou Margareth Menezes.

E a tour do G3? Quem dividiria o palco? Robertinho do Recife, Pepeu Gomes e Durval Lelis divulgando seu álbum solo? Isso sem falar que haveria bandas e mais bandas dos mais variados estilos, como samba progressivo, frevo melódico, speed axé e afins.

Já do outro lado da moeda, o Fantástico promoveria aos domingos um grande concurso de “Hinos do metal”, ao invés do “Concurso de marchinhas”. As escolas do Rio de Janeiro e São Paulo exibiriam em sua sessão rítmica uma pá de guitarristas virtuosos acompanhados de orquestras sinfônicas, onde os jurados votariam qual foi melhor no quesito “virtuosismo e variedade de escalas”. Dá até pra imaginar Joe Satriani comentando ao lado do Cléber Machado: “A escola tal tem uma boa harmonia, mas abusou muito das pentatônicas, e isso pode custar alguns pontos na apuração de quarta-feira”.

Na TV, assistiríamos a um seriado chamado “Heavy Metal Thunder” ao invés de “Ó Paí Ó”, onde o cenário deixaria de ser o Pelourinho e a ação se passaria em Birmingham, cujo personagem principal seria um jovem dislexo de apelido Ozzy contando suas aventuras ao tentar montar uma banda.

Ah sim, é claro, os trios elétricos mais disputados de Salvador seriam os do Motörhead, do Slayer e do Metallica. Ao invés do abadá, a multidão teria que trajar uma jaqueta preta de couro e coturnos. Ao invés de pulserinha vip, um spike cheio de tachinhas no punho. E ao invés de assistirmos ao tradicional desfile de fantasias de plumas e paetês nos canais de TV de menos audiência, teríamos um concurso de “corpse paintings”, cujos comentaristas seriam Alice Cooper, Paul Stanley e Gene Simmons.

E se o mundo fosse assim? Um lugar onde fosse um horror ligar a TV e dar de cara com um bando de malandros “cantando” para mulheres seminuas sambarem? Um lugar onde estivesse tudo bem se as crianças ouvissem e cantassem “The number of the beast” ao invés de usar trajes minúsculos e aprendendo coreografias sentadas na boquinha da garrafa ou algo como o tal do créu?

Quem sabe assim seríamos vistos com outros olhos quando alguém entrasse no nosso carro pra pegar uma carona e estivesse rolando “Holy wars” ou “Tears of the dragon” no som, ao invés do previsível “Você ouve isso?”. Quem sabe tal reação não se inverteria, e ao ouvirmos alguém cantarolando “Dança da manivela” pudéssemos ficar indignados e ter o apoio da maioria.

Mas também poderia ser pior. Quem sabe nós rockeiros é que faríamos parte da minoria neste universo paralelo e estaríamos aí aguardando ansiosos pela turnê de reunião da banda Cheiro de Amor, enquanto o restante da população nos indagaria com os dedos indicadores em riste: “Você teve coragem de pagar R$300,00 pra ir ver um show desses?”

Pois bem, pra quem curte Carnaval, bons dias de folia e mais folia, sem preconceitos. Particularmente, é preferível reunir a galera em um suculento churrasco ao som de Pink Floyd e Dire Straits a inundar a mente com tamanha poluição sonora de algo deplorável chamado axé, samba ou pagode.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Jorge Kajuru em "Um lixo chamado Boris"

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A importância do perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.

Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de 10 anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.

O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.

O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho, como está se sentindo agora?

- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.

Ele se assusta. Só se conseguia enxergar seus dentes e olhos.

O pai, então, lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa no varal quase não se sujou. Mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos. Se alguém te feriu ou te magoou, saiba superar as dificuldades e perdoar a outra pessoa. Nunca deseje mal algum a quem quer que seja!


Moral da história
Cuidado com seus pensamentos. Eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras. Elas se transformam em ações.
Cuidados com suas ações. Elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos. Eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter. Ele controla o seu destino.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A evolução das espécies

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O dia em que a música morreu

O dia 3 de fevereiro de 1959 entrou para a história como sendo uma das datas mais tristes da história da música: um avião se choca em uma montanha em Clear Lake, estado norte-americano de Iowa, matando seus 3 célebres passageiros: J.P. Big Bopper Richardson, Ritchie Valens e Buddy Holly, tornando a data conhecida como "o dia em que a música morreu".

O rock tinha acabado de nascer e não conseguia manter uma boa base para continuar crescendo. Elvis foi para a guerra e quando voltou resolveu fazer filmes e músicas de qualidade duvidosa. Jerry Lee Lewis estava enterrado pelas críticas com o casamento com sua prima de 13 anos. Chuck Berry estava preso pelo caso de prostituição com uma menor. Little Richard encontrou a luz, abandonou o rock e foi para a igreja.

Nesse cenário decadente, surge os 3 astros que reviraram e reviveram a música. Eram todos jovens ainda e talvez não tivessem uma carreira longa e famosa, mas a morte prematura fez com que todos eles entrassem para a história do rock.


Ritchie Valens (13.05.1941) tinha apenas 17 anos e talvez se tornasse o que os americanos chamam de one hit wonder, mas o fato é que ele acertou em cheio ao gravar “La bamba”, “Donna” e “Come on let´s go”, tornando-o digno de nota na história da ascensão dos latinos na cultura de massas americana.

J.P. Big Bopper Richardson (24.10.1930) era nada mais nada menos que o DJ mais famoso da América e autor do hit “Chantilly Lace”, que para alguns não passa de uma música engraçada, mas que foi sucesso e fez muitos se sentirem "vivos por dentro", como somente uma música de verdade é capaz.

Buddy Holly (07.09.1936) com certeza era o mais importante dos 3, possuía mais canções gravadas que os outros 2, e ainda é possível encontrar vários bootlegs e álbuns oficiais internet afora. Ele popularizou o que hoje é o padrão do rock: 2 guitarras, 1 baixo e 1 bateria. E a sua influência não pára por aí. Os Beatles e os Rolling Stones eram seus fãs incondicionais e seus trabalhos foram profundamente influenciados por Buddy. A primeira canção gravada por Mick Jagger & cia., "Not Fade Away", foi em homenagem a Buddy e os Beatles criaram seu nome a partir do nome da banda de Buddy Holly, The Crickets. E como se não bastasse, o rapaz usava óculos e ninguém usava óculos no showbizz antes dele.

O acidente ocorreu na madrugada de 3 de fevereiro de 1959, logo após um show em Clear Lake. Os 3 participavam da turnê “Winter Dance Party”, consolidando junto aos fãs do meio-oeste americano o sucesso. Após infindáveis e extenuantes viagens de ônibus, ao longo de estradas constantemente cobertas de neve, Buddy Holly, cansado, resolveu fretar um avião para continuar a turnê. Havia mais 2 lugares vagos, um deles ocupado por Big Bopper que estava gripado e cansado da longa turnê. A última vaga foi disputada entre vários artistas, e quis o destino que o escolhido fora Ritchie Valens.

O pequeno avião caiu em uma plantação de milho cerca de 8 quilômetros depois de decolar do aeroporto de Mason City, em Iowa. Os corpos dos músicos foram encontrados espalhados pelo campo, e o piloto preso nas ferragens do avião. As causas do acidente nunca foram esclarecidas. Essa foi a primeira e última viagem de avião do trio.

A música sofreu um baque e demoraria para se recuperar. Foi preciso que alguns garotos mal educados de Liverpool aparecessem cantando “I Want To Hold Your Hand”.

Então, a partir da metade da década de 60, o rock resgataria sua vocação transgressora, e no início de 70, Don McLean escreve e lança “American Pie”. A canção transformou-se num estrondoso sucesso e chegou ao primeiro lugar nos tops norte-americanos. A sua letra extensa e enigmática contém dezenas de referências a vários artistas, canções, lugares e acontecimentos da história do rock n’ roll. O significado das suas metáforas tem sido debatido durante anos pelos admiradores da música, o que gerou diversas hipóteses que tentam esclarecer cada frase escrita por Don McLean.

A música fala sobre o dia em que a música morreu, numa alusão ao acidente de avião, tecendo um comentário acerca de como o rock n´ roll mudou nos anos que se seguiram. McLean aparenta lamentar a falta de música “dançável”, em parte atribuindo essa carência à ausência de Buddy Holly e seus companheiros. A verdade é que, dessa data em diante, o rock n´roll nunca mais seria o mesmo. Triste destino. Triste fim.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Metallica - The Greatest Hits (2009)

cd 1
1. One
2. Enter Sandman
3. Master Of Puppets
4. Fade To Black
5. The Unforgiven
6. The Small Hours
7. Seek & Destroy
8. Whiplash
9. Last Caress, Green Hell
10. Sad But True
11. Battery
12. Welcome Home (Sanitarium)
13. Metal Militia

cd 2
1. Fuel
2. The Broken, Beat And Scarred
3. Wherever I May Roam
4. Nothing Else Matters
5. Blackened
6. The Shortest Straw
7. Jump In The Fire
8. For Whom The Bell Tolls
9. Creeping Death
10. Trapped Under Ice
11. The Thing That Should Not Be
12. Anethesia - Pulling Teeth
13. Orion (instrumental)