H.E.A.T - Living on the run
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terça-feira, 9 de junho de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Sons que você não conhece... mas deveria!
Zeno - Love will live
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domingo, 19 de outubro de 2014
Sons que você não conhece... mas deveria!
Chicago - Look away
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sábado, 6 de setembro de 2014
domingo, 11 de maio de 2014
Twisted Sister e os 30 anos do clássico "Stay Hungry"
O início do Twisted Sister se deu em 1972, quando o guitarrista John Segall, que seria mais conhecido por Jay Jay French, fez um teste e foi chamado para ingressar em uma banda chamada Silver Star, criada pelo baterista Mel Anderson (Mell Star). O Silver Star, segundo seu criador, seria a versão de New Jersey da banda NY Dolls.
Jay Jay odiava o nome Silver Star e forçou o grupo a mudá-lo. Em fevereiro de 1973, a banda passou a se chamar Twisted Sister e contava com a seguinte formação: o vocalista Michael Valentine, o guitarrista Billy Diamond, o baterista Mell Star, o baixista Kenneth Harrison Neill, e o guitarrista Johnny Heartbreaker (que logo se chamaria Jay Jay French).
A banda acabou se mudando para Nova Iorque e tocava regularmente nos clubes noturnos da cidade. Muitas vezes, o Twisted Sister conseguia se apresentar seis vezes por semana, embora, comumente, no mesmo local.
Quando a banda teve sua primeira mudança na formação, em dezembro de 1974, estima-se que o grupo já haveria se apresentado por volta de 600 vezes. Com Rick Prince nos vocais e Keith Angel na guitarra, o conjunto continuava trabalhando.
Rick Prince, no entanto, falta a um show e é demitido do grupo, com Jay Jay assumindo as funções de vocalista e, ao mesmo tempo, de manager da banda. No meio de 1975, o conjunto se desfaz, para logo se reconstituir no final do mesmo ano.
Jay Jay French continuaria como vocalista e guitarrista e recrutou seu antigo amigo de colegial, o guitarrista Eddie Ojeda, que também seria um “co-vocalista”. O baterista seria Kevin John Grace, contratado após French ver um anúncio de Kevin procurando por banda. O baixo continuaria com Kenny Neill. A banda seguiria, então, uma orientação glam rock, com influências de David Bowie, Slade e NY Dolls, continuando se apresentando em clubes.
Já em 1976, o agente do grupo, Kevin Brenner, sugere a Jay Jay que o conjunto não poderia ir mais longe sem tocar covers de Led Zeppelin. Para tanto, também aconselhou a Jay Jay que contratasse o vocalista Daniel Snider, grande fã do grupo de Page e Plant.
French acaba por seguir os avisos de Kevin Brenner e contrata Snider, que muda seu nome para Dee Snider, aceitando sugestão de Jay Jay. Pouco tempo depois, o baterista Tony Petri entra para o lugar de Kevin Grace. Assim, o Twisted Sister continuaria a manter seu visual glam, mas apostaria em uma sonoridade mais pesada, com influências de Led Zeppelin e Alice Cooper.
Dee Snider e Jay Jay French, começaram a introduzir alguns discursos sobre temas cotidianos da época entre as músicas durante os shows, o que acabou chamando mais a atenção para o grupo. A partir de então, a popularidade da banda não parou de crescer.
O Twisted Sister começou a quebrar recordes de público nos clubes da região conhecida como "Tri-State", incluindo os 3 mil lugares do New York Palladium, um feito para uma banda sem contrato de gravação ou divulgação por rádios.
A base de fãs passou a se autodenominar "S.M.F.F.O.T.S.", ou seja, "Sick Motherfucking Friends Of Twisted Sister", depois encurtado para "S.M.F.", ou, "Sick Mother Fuckers".
Um novo baixista, Mark "The Animal" Mendoza, entra na banda em 1978. O grupo sofre ainda algumas mudanças no posto de baterista, com Tony Petri sendo substituído por Joey Brighton, este por sua vez daria lugar a Richie Teeter, o qual, por sua vez, seria reposto por AJ Pero. A formação clássica da banda se fixaria com Snider nos vocais, French e Ojeda nas guitarras, Mendoza no baixo e Pero na bateria.
Por volta de 1981, o Twisted Sister lança sua própria companhia de camisetas e seu próprio selo, através do qual acabam saindo dois singles do grupo. Jay Jay ficou como manager da banda até aquele ano, quando ele contratou o promotor de eventos Mark Puma para gerenciar o grupo.
Um dos singles lançados pelo grupo em seu próprio selo acaba por atravessar o Atlântico e cai nas mãos de Martin Hooker, que gosta do trabalho. Hooker é o presidente do pequeno selo britânico Secret Records.
Seguindo a sugestão de repórteres das revistas Sounds e Kerrang!, o Twisted Sister embarca em direção ao Reino Unido para buscar um contrato com algum selo britânico. Em Abril de 1982, finalmente o grupo assina com a Secret Records, de Martin Hooker, gravadora que era mais voltada ao público punk.
Em junho de 1982, o Twisted Sister lança o EP "Ruff Cuts", pela Secret Records. Meses depois, em setembro daquele ano, o álbum de estreia é colocado no mercado, "Under The Blade". A produção foi colocada a cargo do então baixista da banda UFO, Pete Way. O álbum conta com a faixa "Tear It Loose", a qual possui um ótimo solo tocado pelo guitarrista do Motorhead, "Fast" Eddie Clarke.
Embora com uma produção ruim, o álbum fez algum sucesso, especialmente entre o público mais underground do Reino Unido. A sonoridade do trabalho contém uma boa pegada heavy metal. Ao mesmo tempo, o Twisted Sister ainda continuava com seu visual glam, mas aos poucos iria adotando uma vertente mais grotesca e mais próxima do heavy metal, que o distinguiria consideravelmente do nascente glam metal.
Após uma aparição em um programa de TV chamado The Tube, o Twisted Sister acabou chamando a atenção do selo Atlantic Records. A gravadora assina com o grupo e assim é lançado o segundo álbum da banda, "You Can’t Stop Rock 'N' Roll", de 1983.
O álbum contém uma produção muito melhor que a de seu predecessor, a cargo de Stuart Epps, e soa ainda mais influenciado pelo heavy metal. O trabalho traz sucesso ao grupo, com a faixa "I Am (I’m Me)" atingindo a 19ª posição da parada britânica.
Com isso, a Atlantic Records decide promover mais intensamente o grupo a partir de então, chegando a produzir um videoclipe para a faixa título do trabalho, "You Can’t Stop Rock 'N' Roll".
Para isso, no entanto, o guitarrista Jay Jay French recorda que não acreditava que os chefões da Atlantic Records dariam a devida atenção ao grupo. A sua percepção só se modificou em um encontro, em uma congelante noite de dezembro de 1983, com o presidente da Atlantic, Doug Morris. O chefão perguntou a French: "Você sabe o que eu penso sobre a banda?" E a resposta pouco animada de French foi: "Bem, eu sei que nós não estamos na sua lista de presentes de Natal." Entretanto, o guitarrista foi surpreendido pelo chefe da gravadora. Morris contou a French que a banda havia vendido mais de 100 mil cópias sem nenhum esforço da gravadora e que os promotores de espetáculo de todo o país ligavam para ele falando do impacto que era causado quando o Twisted Sister chegava a suas cidades. E, assim, prometeu mais atenção ao grupo para o próximo ano.
Para tanto, o escolhido para produzir o álbum foi Tom Werman, experimentado produtor que havia trabalhado com Ted Nugent, Cheap Trick e Mötley Crüe. Enquanto Eddie Ojeda e A.J. Pero ficaram excitados com o prospecto do novo produtor, o vocalista Dee Snider ficou receoso com a escolha de alguém tão "comercial" e que, com isso, a banda acabasse por perder fãs.
Para tanto, o chefão da gravadora voltou à cena para conversar com Snider, que recorda que ele o fez a seguinte pergunta: "O que você quer? Os 100 mil fãs que você tem ou os 900 mil que te darão um álbum de platina?" Com isso, Snider ficou convencido em continuar com as gravações.
O terceiro álbum de estúdio, "Stay Hungry", foi gravado entre fevereiro e março de 1984. Inicialmente, as gravações ocorreram no Record Plant, em Nova Iorque , e, depois, continuadas em Los Angeles , no Cherokee Studios, com a mixagem sendo realizada no Westlake Recording Studios.
Quando ainda estavam em Nova Iorque , tensões surgiram entre o produtor Werman e o grupo. Pouco impressionado com o material inicial, Tom Werman chegou a sugerir que a banda fizesse uma versão do clássico "Strong Arm Of The Law", do Saxon. Mas, com o tempo, as coisas foram ficando mais fáceis. Por fim, Werman achou que o conteúdo de todo o álbum era obscuro e muito criativo.
Eddie Ojeda relembra que Tom tinha um jeito diferente, mas que em nenhum momento ele soava como arrogante e que estava apenas interessado em contribuir para o álbum. Como os membros da banda nunca foram conhecidos por serem usuários de drogas ou festeiros compulsivos, tudo ocorreu corretamente. Mendoza, inclusive, estudou muito para tentar contribuir com a produção do álbum, fato que acabou auxiliando para seu futuro trabalho também como produtor.
Tom Werman gastou cerca de três dias para "descobrir" o timbre ideal da guitarra-base de Jay Jay French. Também não era muito fã da maneira como A.J. Pero tocava sua bateria, mas como o resultado final ficou de seu agrado, não chegou a tentar impor um novo estilo para o músico.
De modo geral, a banda relembra que o resultado final do trabalho foi ótimo e que soou como deveria, segundo Snider, embora o álbum tenha saído consideravelmente menos agressivo que as formas primárias das canções.
STAY HUNGRY
A faixa homônima ao álbum abre os trabalhos. "Stay Hungry" apresenta um bom riff inicial, característico do grupo. O refrão é empolgante, assim como o solo, pequeno, mas muito eficiente. O maior destaque vai para os vocais de Dee Snider.
WE’RE NOT GONNA TAKE IT
A segunda faixa do álbum é, talvez, a mais conhecida do Twisted Sister. A ótima "We’re Not Gonna Take It" já nasceu um clássico. Dee Snider, que compôs a canção, cita como influências para a composição a banda glam Slade, Sex Pistols e até mesmo o tema 'O Come, All Ye Faithful'. Dee Snider disse que desde que o álbum ficou pronto ele sabia que este seria o principal single, embora a gravadora pensasse em lançar a música "Burn In Hell" como o primeiro single. Entretanto, Snider contou ao seu amigo e diretor do videoclipe da mesma canção, Marty Callner, sua frustração pela escolha que seria feita pelo selo. Callner, então, fez uma ligação para o dono da Atlantic Records, Doug Morris, e disse que "We’re Not Gonna Take It" era uma música destinada ao topo das paradas de sucesso e que ele faria um videoclipe especialmente para a faixa. Convencido, Morris determinou que a música seria o principal single para promoção de "Stay Hungry". Embora um clássico, o resultado final da mixagem não agradou plenamente os membros da banda. Eddie Ojeda afirmou que não ficou satisfeito com a forma que sua guitarra soa na faixa, assim como a seção rítmica. Lançada como single, poucas semanas antes do lançamento do álbum, "We’re Not Gonna Take It" alcançou a 21ª posição na parada norte-americana de singles. No Reino Unido, o single ficou com a 58ª colocação. Evidentemente que a canção se tornou presença obrigatória nos shows do grupo. Ficou na 47ª posição da eleição feita pelo canal de TV VH1 das "100 melhores canções dos anos 80", bem como na 21ª posição de outra eleição do mesmo canal, dos "100 maiores hits" daquela década. O videoclipe é um clássico, sendo um dos mais executados naquele ano na MTV dos Estados Unidos. Inúmeras versões para a faixa foram produzidas por outros músicos e artistas, incluindo bandas como Nightwish e até o musical Rock Of Ages.
BURN IN HELL
A terceira faixa do álbum é "Burn In Hell". Em comparação com as faixas anteriores, esta é uma canção consideravelmente mais pesada e com um viés mais heavy metal. O ritmo mais cadenciado e pesado do início se desenvolve mais aceleradamente na maior parte da música. Ótimos solos, guitarras marcantes e Snider fazendo um ótimo trabalho vocal fazem da faixa um ponto altíssimo do álbum.
HORROR-TERIA (THE BEGINNING)
A) CAPTAIN HOWDY
B) STREET JUSTICE
A quarta faixa do álbum é "Horror-Teria (...)". Na verdade, trata-se de um "dois em um", com duas canções em uma única faixa. A primeira, "Captain Howdy", é uma canção bem sombria, em um ritmo um pouco mais lento e com certo peso. A segunda é “Street Justice”, um tanto quanto mais acelarada, lembrando a sonoridade da New Wave Of British Heavy Metal. Assim, "Horror-Teria" é a faixa mais longa do álbum, com mais de 7 minutos. As duas canções acabaram se tornando a base para o filme "Strangeland", de 1999, escrito pelo vocalista Dee Snider e no qual ele mesmo interpreta o personagem Captain Howdy.
I WANNA ROCK
A quinta canção de "Stay Hungry" é, possivelmente, a outra canção mais conhecida do Twisted Sister. Trata-se de “I Wanna Rock”. A música é um excelente Hard Rock, com um ritmo forte, empolgante e um refrão quase impossível de não se grudar na cabeça. O ótimo trabalho vocal de Dee Snider é fundamental para o sucesso atingido pela canção. O solo também é excelente. "I Wanna Rock" também foi lançada como single para promover o álbum, mas não obteve os mesmos resultados de "We’re Not Gonna Take It". Na parada norte-americana acabou ficando com a 68ª posição, enquanto atingiu a modesta 93ª posição da parada britânica. Outro videoclipe foi filmado para circular nas televisões e, também, acabou se tornando um clássico. Em mais uma eleição do canal de TV VH1, ficou como a 17ª melhor canção de Hard Rock. "I Wanna Rock" está presente em diversos tipos de mídias. Em games como GTA e Guitar Hero, no filme de 2008 "The Rocker" e até mesmo Jay Jay French fez uma versão da canção para uso político chamada “I Want Barack”, em apoio à candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. Mark Teixeira, jogador do time de baseball New York Yankees, utiliza a canção como música de entrada no campo de jogo. É outra canção com inúmeras versões covers.
THE PRICE
Quebrando um pouco o ritmo do álbum até então, surge a sexta faixa do trabalho, a poderosa balada "The Price". A música possui lindas linhas de guitarra, com destaque para um refrão muito bonito que se casa perfeitamente com o restante da canção. Possui um solo muito inspirado. Foi o último single lançado para promover o álbum, já em 1985. Outro ponto alto do trabalho.
DON’T LET ME DOWN
O hard rock mais acelerado já está de volta na sétima faixa do disco. Mais uma vez, o refrão se destaca por ser bem marcante. Outro ponto que merece atenção é o eficiente trabalho de A.J. Pero na bateria, bem acentuado em toda canção. Bons solos compõem mais uma boa música.
THE BEAST
A oitava faixa é outra música com um viés mais heavy metal, com boas doses de peso, em boa parte por um riff muito inspirado, pesado. O ritmo cadenciado persiste por toda a canção, com ótimos vocais (mais uma vez). Uma das melhores faixas do álbum.
S.M.F.
A nona faixa – e última – do álbum é "S.M.F.", outra música que traz um hard rock bem empolgante. ‘SMF’ foi a sigla pela qual os fãs do Twisted Sister acabaram ficando conhecidos. Encerra o disco em ótima forma.
Definitivamente, "Stay Hungry" foi um grande sucesso e fez o Twisted Sister mudar de patamar enquanto banda, em termos comerciais. O álbum atingiu a 15ª posição na parada de álbuns dos Estados Unidos, conquistando a 34ª posição na sua correspondente britânica.
Para se ter uma idéia do sucesso, em menos de um ano o álbum vendeu 2 milhões de cópias, sendo que 500 mil apenas no Canadá. Estima-se que até hoje, o álbum ultrapassou a marca de 3 milhões de cópias comercializadas apenas nos Estados Unidos.
A turnê que se seguiu ao lançamento de "Stay Hungry" em 1984 foi muito bem sucedida, com a banda tocando com nomes como Ratt e DIO. Em alguns shows menores, uma ainda jovem e pouco conhecida banda fazia a abertura: Metallica.
O sucesso era tanto que a banda participou do filme de Tim Burton, "Pee-wee's Big Adventure", de 1985, no qual o Twisted Sister simula realizar a gravação de um videoclipe para a música "Burn In Hell".
Os tão conhecidos videoclipes do Twisted Sister, repletos de bom humor, foram motivos de controvérsias, pois algumas alas conservadoras dos Estados Unidos acusou o grupo de ser um incitador à violência contra pais e professores. Dee Snider foi um dos músicos a serem ouvidos no senado norte-americano pela comissão que examinava estes casos controversos.
Snider diz que a inspiração para escrever "Stay Hungry" surgiu enquanto o grupo gravava o álbum anterior, "You Can’t Stop Rock ‘N’ Roll". Segundo o vocalista, os membros estavam cansados, desesperados por alcançar o sucesso. Muitas vezes, eles mesmos tinham que bancar do próprio bolso gastos para continuarem excursionando. Em outras palavras, estavam famintos!
Quem assiste apenas aos videoclipes do Twisted Sister, repletos de cenas de comédia e com os membros do grupo em um visual extremamente bizarro, pode pensar que a banda seja uma grande gozação. A realidade é exatamente oposta.
O pequeno resumo da história do conjunto apresentou uma breve amostra do tanto que eles batalharam pelo sucesso. Mesmo apostando em uma veia artística divertida, o grupo fazia tudo com seriedade.
Algumas músicas da banda apresentam mesmo este lado descontraído, enquanto outras tratam de temas como o conflito entre pais e filhos, ou mesmo fortes críticas ao sistema educacional dos Estados Unidos. Sonoramente, a banda aposta em um hard rock de alto nível, com doses elevadas do melhor heavy metal tradicional, o que constitui uma identidade musical forte e distinta.
Acrescente-se o fato do principal compositor da banda, o vocalista Dee Snider, ser uma pessoa bastante inteligente e esclarecida, muito articulado, como se comprova quando assistimos a suas entrevistas.
"Stay Hungry" é mesmo o ponto mais alto da carreira do Twisted Sister e um dos melhores álbuns já gravados na história do rock. Se você ainda não o ouviu, não sabe o que está perdendo!
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Sons que você não conhece... mas deveria!
Fair Warning - Angels of heaven
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sábado, 28 de setembro de 2013
Sons que você não conhece... mas deveria!
Contraband - All the way from Memphis
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domingo, 22 de setembro de 2013
Bruce, o maior e melhor rockstar, é o Springsteen!
Bruce Springsteen finalmente aterrissou no Rock In Rio na madrugada deste domingo (22) para encerrar o 6° e penúltimo dia do festival. O “chefe” mostrou, com propriedade, como se faz o tal do rock de arena, aquele que Muse ensaiou fazer para um público alternativo, o Metallica para os headbangers e que Bon Jovi sonhou para a nova turnê na sexta-feira (20).
A apresentação de 2 horas e 40 minutos parece não ter feito cócegas no cantor, que já chegou a tocar por 4 horas e 6 minutos na Finlândia em julho passado. Aqui, ele sempre pedia mais. Assim como todas as outras da turnê "Wrecking Ball", a apresentação serviu como um divertido teste de resistência para Bruce, que completa 64 anos na próxima segunda-feira (23).
O cantor talvez não seja o mais conhecido dos headliners do festival, não tenha tocado para a maior platéia do evento e não possua representatividade dentro do repertório radiofônico do público, mas fez, de longe, a melhor apresentação do Rock In Rio dos últimos tempos.
O americano de New Jersey, conhecido como "the boss", ganhador de dezenas de Grammys e até de um Oscar, ensinou que o segredo vai além do lastro no cancioneiro americano, inspirado, em grande parte, pelos excluídos e os menos abastados. Ao lado da ótima e numerosa E Street Band (que conta com o eterno Soprano Steven Van Zandt na guitarra), Bruce não liga para set list e faz de seu show uma celebração com amigos – bem além daqueles que estão no palco. Logo nas primeiras músicas do show, como que de improviso, anunciou: "Vamos tocar o álbum 'Born in the U.S.A.' inteiro".
Foram quase 3 horas de suor escorrendo na guitarra, entre elas uma Fender Telecaster detonada, e de um contato constante com o público. Não apenas na hora de pedir para que os braços fossem erguidos, nas dancinhas e reboladas, como em "Shackled and drawn", ou na escolha de "Sociedade alternativa", de Raul Seixas, para abrir o show. O cantor se jogava para a platéia.
Já na terceira música, "Spirit in the night", Bruce subiu nas grades, apertou a mão dos fãs e se deixou a agarrar. Voltou ao corredor e repetiu os gestos mais algumas vezes, sempre tentando trazer alguém da banda junto. Em uma dessas passagens, voltou com o típico chapéu Panamá na cabeça. Em outro, deu o microfone para o italiano Ludovico, de 10 anos, que veio ao Brasil para assistir ao show, cantar os versos "Waiting on a sunny day". No clássico "Born to run", esfregou a guitarra no público para que seus fãs pudessem "tocar" a parte final da canção.
Em "Dancing in the dark", Bruce escolheu 5 fãs para subirem ao palco. Entre beijos e pulos, deu um violão para a mais nova e ensinou a todos como ser um rock star e encerrar a música com estilo, ajoelhado e ovacionado no palco.
A interação só não foi maior porque a estrutura do Palco Mundo assim não permitiu. No Chile e em São Paulo, suas apresentações antecedentes a essa, Bruce deu um mosh (arremessou-se sobre o público para ser carregado) e se deixou levar pela onda de mãos. A novidade do show carioca foi a execução na íntegra do clássico álbum "Born in the U.S.A.", de 1984. No show na capital paulista, Bruce já havia tocado 6 das 12 faixas do disco, 2 delas pedidas por fãs.
No Rio, se contentou em se molhar, ofegante, como se precisasse recobrar as forças colocando a cara no balde de gelo. Quando o público achava que ele já estava esgotado, Bruce olhava para a platéia, que pedia mais, como se todo o espetáculo fosse um teste divertido de resistência. Foi assim até o final, quando tocou "Twist and shout" e venceu até mesmo os fogos de artifícios, que costumam aparecer apenas quando a última banda sai do palco.
"Nós amamos todos vocês. Obrigado por nos esperarem por tanto tempo. Não vamos deixar isso acontecer de novo", prometeu no bis, ao cantar "This hard land", acompanhado apenas por violão e gaita. Acabou ensinando ao festival inteiro de como se fazer um legítimo show de rock. E ratificou que, Bruce por Bruce, o Springsteen é o maior e mais completo. Certo, Dickinson?
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sexta-feira, 26 de julho de 2013
Inigualável e incomparável... Os 70 anos de Mick Jagger
Mick Jagger tinha todos os antecedentes para não levá-lo onde o destino o levou em seus 70 anos de vida, a serem completados nesta sexta-feira. Um menino bem-educado, de classe média britânica, sempre obediente aos pais e bom aluno é um retrato pouco comum que se pinta de um ídolo do rock, ainda mais de uma banda que transformou-se no maior ícone de rebeldia dos agitados anos 60. Nos 50 anos praticamente ininterruptos de atividade, a aura subversiva não foi a única adotada pelo líder dos Rolling Stones.
De roqueiro 'sujo' e arrogante transformou-se em membro do jet set internacional, condutor de uma das mais poderosas máquinas de fazer dinheiro do século XX, roqueiro mimado e auto-suficiente até hoje, quando faz questão de 'esquecer' pessoas, lugares e fatos quando lhe convêm. A imagem (ou as imagens) que Mick passou ao longo das décadas o transforma em diversos personagens, sem que ninguém consiga chegar a uma conclusão. Afinal, o filho de Joe e Eva Jagger sempre cuidou, nos mínimos detalhes, dos trejeitos, atitudes e declarações milimetricamente para se tornar um astro da cultura pop ou sua inocência foi conspurcada por empresários e produtores inescrupulosos?
Só se pode decifrar o enigma Jagger através dos que estiveram próximos a ele -e se dispuseram a falar- já que o próprio é radicalmente refratário quando o assunto é o passado, seja seu ou dos outros. No início dos anos 80, um jornalista tentou entrevistá-lo várias vezes para escrever uma biografia. Após ouvir dezenas de "Não lembro!" ou "É tudo uma névoa!", seus editores abortaram a missão por acharem o assunto demasiado enfadonho, algo impensável para quem teve vida tão agitada. Entre os anos 80 e 90, o próprio cantor chegou a receber uma adiantamento de 1 milhão de libras para dar ao mundo sua autobiografia. Desistiu. "Comecei a escrever mas era deprimente e chato revirar o passado. Queriam que falasse de todas essas pessoas próximas a mim e que divulgasse todos esses segredos. Eu me dei conta de que não queria fazer isso. Portanto desisti e devolvi o dinheiro", disse, em entrevista recente. Ao menos provou que a memória continua intacta.
Mick nasceu Michael Phillip Jagger no dia 26 de julho de 1943 em plena Segunda Guerra Mundial, em Dartford, cidade do Condado de Kent, região sudeste da Inglaterra e distante 25km do centro de Londres. Seu pai era um respeitado professor de Educação Física e incutiu no filho mais velho -Mick tem um irmão, Chris, quatro anos mais novo- o hábito de praticar exercícios. A mãe, Eva, era uma dona de casa que falava pelos cotovelos. Inclusive, a primeira aparição do futuro vocalista para o grande público aconteceu por intermédio do pai, que gravou um comercial ensinando atividades físicas para crianças.
A iniciação musical dos adolescentes ingleses na segunda metade da década de 50 foi capitaneada pelos requebros e a voz soul de Elvis Presley. Mas com Mick, o roteiro seguiu uma linha mais visceral. Quem o emocionava eram os mestres do Blues e Rhythm & Blues. Rock? Sim, mas a guitarra frenética de Chuck Berry chamava mais a atenção do que os quadris de The Pelvis. O sofrimento daqueles artistas negros traduzidos nas suas músicas eram ouvidos com reverência quase religiosa: Robert Jonhson, Bo Didley, Muddy Waters, Howlin' Wolf eram alguns dos ídolos de Mike, como era chamado em casa.
Já como estudante na London School Of Economics, Mick encontrou por acaso em uma viagem de trem um velho amigo de infância de Dartford. Um cara de cabelos pretos e orelhas de abano chamado Keith Richards. Debaixo do braço dele, alguns álbuns de seus ídolos. Acendia a primeira fagulha da maior parceria do rock. A primeira banda da dupla chamava-se ‘Little Boy Blue And The Blue Boys’. Aos poucos os membros foram recrutados. Primeiro Brian Jones, depois Charlie Watts e Bill Wyman. No início, muito sofrimento até o estouro, no verão de 1965 com "(I can't get no) Satisfaction", número 1 na Inglaterra e nos Estados Unidos, música sobre a qual ele dizia o seguinte: "Prefiro morrer a cantar Satisfaction aos 45 anos de idade."
Ao longo da década, a popularidade da banda cresceu exponencialmente no mundo inteiro, capitaneada pelo singular domínio de palco de Jagger. O vocalista lapidou seu estilo show a show, tendo como pano de fundo uma sequência de álbuns geniais na virada dos anos 60 para os 70, quando os Stones pariam um clássico atrás do outro: "Jumpin' Jack Flash", "Sympathy For The Devil", "Street Fighting Man", "Gimme Shelter", "Brown Sugar"... No palco, Mick não hipnotizava as platéias como fazia um Jim Morrison, por exemplo. Ele elevava a outro nível, num misto de histeria, selvageria e descompromisso. Muito provavelmente foi o primeiro showman mais consumado do rock e sem ele não teríamos Robert Plant, David Bowie, Steven Tyler e Axl Rose.
Ao mesmo tempo em que sua fama crescia (as mulheres em sua cama e o dinheiro no bolso também), Jagger abandou o circuito underground dos primeiros tempos e virou figura carimbada nas altas rodas sociais. Seu casamento com a modelo nicaraguense Bianca Perez de Macia, em maio de 1971 na ilha de Saint Tropez foi um dos eventos mais comentados da década. O enlace jamais o impediu de desfrutar o fato de ser quem era. Entenda-se por diversas amantes, entre elas, a modelo italiana Anita Pallenberg, que entrou para o entourage dos Stones como namorada de Brian Jones e terminou como esposa de Keith Richards.
As conquistas sexuais do vocalista são um capítulo à parte em sua biografia. Antes de Anita, a primeira 'vítima' famosa foi Marianne Faithfull, que, reza a lenda, entrou de cabeça, nariz e veias nas drogas, por conta do ambiente decadente da banda. Ser mulher de amigo não era nenhum obstáculo como já mostra o citado affair com Anita. Angela Bowie, esposa do famoso cantor, inspirou até uma balada, Angie.
A ex-primeira-dama da França, Carla Bruni, também caiu nos encantos de um Mick Jagger já quarentão no início dos anos 90 quando estava saindo com Eric Clapton -que, por sinal, pediu ao amigo para que não a assediasse. Na lista figuram outros nomes famosos como Uma Thurman e Angelina Jolie. De todas essas mulheres, quatro delas lhe deram sete filhos: Marsha Hunt (1), Bianca (1), Jerry Hall (4) e Luciana Gimenez (1).
Todo dinheiro e fama ganhos nos anos 70 devem ter subido à cabeça de Mick durante a década de 80. Pelo menos é assim que seu parceiro de quase toda uma vida aponta na biografia ‘Life’. Keith não usa de meias-palavras para atacar o companheiro. Foi nessa época em que surgiram os apelidos Brenda e Sua Majestade. Segundo Richards, Jagger passou a se comportar como a estrela da banda e narra uma ocasião em que chamou Charlie Watts de “seu baterista” pelo telefone. Watts respondeu com um soco na cara do cantor posteriormente.
As tensões entre os dois principais líderes quase implodiu os Stones. Em 1985 ele lançou seu primeiro álbum solo, “She's The Boss”, despertando a ira do parceiro. Tanto que no ano seguinte, o clima era de tensão no mais alto grau para as gravações de “Dirty Work”, o 20º álbum de estúdio do grupo. Mais preocupado com a carreira solo, Mick ausentou-se diversas vezes das gravações. O clima de animosidade também revela-se nos créditos das faixas. Apenas 3 com a assinatura Jagger/Richards, algo que não acontecia desde 1965.
No mesmo 1985 o racha tornou-se público no festival Live Aid. Mick Jagger apresentou-se sozinho, enquanto Keith Richards e o guitarrista Ron Wood tocaram ao lado de Bob Dylan. A banda cairia na estrada para promover o disco, mas por decisão do vocalista, a turnê foi abortada para ele trabalhar no seu segundo LP solo, intitulado “Primitive Cool”. Keith chamava as atitudes do velho amigo de LVS, síndrome do vocalista principal, a partir da sigla em inglês.
A carreira solo não rendeu o esperado e uma boa conversa no final da década selou a reconciliação dos propulsores dos Rolling Stones. A dupla voltou a trabalhar após a inclusão do grupo no Rock And Roll Hall Of Fame, em janeiro de 1989. Depois disso, os Glimmer Twins, como Mick e Keith eram chamados, compuseram cerca de 50 canções. 12 delas tomaram forma em “Steel Wheels”, lançado no mesmo ano. Também foi anunciada uma gigantesca turnê mundial, que faturou mais de US$ 260 milhões, um recorde para a época.
A banda entrou num processo mais ameno no relacionamento entre seus integrantes, mas Mick não deixou de ganhar notoriedade. Desta vez por suas estripulias com as mulheres. Seu segundo casamento, com a modelo Jerry Hall, chegou ao fim após inúmeros casos de infidelidade. O ápice foi a notícia de que o marido havia engravidado a modelo brasileira Luciana Gimenez, na segunda passagem dos Stones pelo Brasil, em 1998, durante a turnê do álbum “Bridges To Babylon”. Ela pediu o divórcio no ano seguinte. De lá para cá foram muitas namoradas, mas sem nenhum casamento em vista.
A banda continuou em atividade até 2007, quando terminou a turnê “A Bigger Bang”. Tudo corria calmamente até Keith lançar sua autobigrafia em 2010. Além de descrições pormenorizadas do período de azedume entre os dois músicos, o guitarrista também faz referências pouco lisonjeira às intimidades do cantor, entenda-se pela genitália do cantor. Novo terremoto na relação, que prejudicaria, inclusive os 50 anos do grupo, completados no ano passado. Um pedido de desculpas de Richards foi uma das condições para que a maior banda de rock n’ roll do mundo voltasse à ativa. Mas mesmo assim, com arranhões.
Cantor, gaitista, guitarrista, compositor e produtor, Mick Jagger coexistiu com ícones do naipe de Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin, entre outros. Apesar de não ser dono de técnicas vocais gregorianas, é respeitado por praticamente todas as gerações subsequentes do rock. Há registros de um sem-número de estrelas da música que já declararam devoção ao vocalista dos Stones.
Leonino, ousado, inteligente, sensual e carismático, Jagger representa uma geração artística que rompeu com paradigmas e abriu caminhos para uma juventude que tinha um apetite voraz por novos tempos. Além de ser um rock star genial, Mick é testemunha ocular e lúcida de todas as transformações ideológicas e culturais florescidas nos já distantes anos 60.
Contrariando a previsão apocalíptica de muitos, ou bem ou mal, ou bom ou ruim, Mick completa sete décadas de vida em ótima forma física e ainda presta excelentes serviços à música. Um artista desta categoria não aparece por aí todos os dias.
Em suas respectivas sapiências, eventualmente, os deuses do rock decidem agraciar alguns seres com certa habilidade especial, também conhecida por talento. Com esta dádiva em mãos, estes artistas olimpianos conseguem criar obras atemporais e divisoras de águas. Mick Jagger é o artista contemporâneo que melhor personifica tal condição. E tomara que continue por muitos e muitos anos nos brindando com sua energia e estilo inigualáveis. Vida longa a Mick Jagger!
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sábado, 13 de julho de 2013
Rock: a história segundo seu pai, Blues
Um velho senhor, conhecido pela alcunha de Blues, era famoso pelos seu contos e histórias que, quase sempre, falavam de amores, desilusões e tristezas. Tratava-se de um senhor negro, que diziam ter um olhar sereno e que transmitia certa tristeza. Quem bem o conhece, diz que não é bem assim.
Dessa vez, a história que Blues nos contaria não era sobre fatos fictícios e sim da realidade de sua vida e de seus descendentes.
Então, com a palavra o protagonista...
"Quando em casei com minha esposa (a última delas), não imaginava que nossos descendentes seriam, ao mesmo tempo tão brilhantes e difíceis de lidar. Para entender essas dificuldades é preciso voltar um pouco no tempo, na verdade, para o ano de 1950, creio eu.
Naquela época, eu já era um jovem senhor. Bem, tinha certa experiência no âmbito amoroso, inclusive, atribuem-me vários filhos que nem sei se realmente são meus, com exceção de um, Jazz, que era fruto de uma relação rápida e pouco representativa. Talvez por isso, ele nunca teve uma relação muito próxima comigo.
Eu já desistira de procurar alguém que, de fato, fosse companhia para os meus dias.
Mas...
Ela era uma linda mulher, com seus olhos verdes e um certo apelo "rural", mesmo que fosse dotada de uma classe para se portar... Enfim, era fascinante!
Chamavam-na de Country Music. Nos tornamos belos amigos, depois tivemos o romance mais tórrido que se tem notícia. Nos casamos e tivemos um filho: o Rock.
Meu filho Rock era um jovem transgressor, ao mesmo tempo que tinha grande inteligência. Nada nem ninguém dizia a ele o que fazer ou pensar. Teve diversas namoradas. Nenhuma mulher resistia ao seu charme e rebeldia. Eu acho que puxou isso ao seu pai.
Mas, o amor é assim, não avisa, chega de mansinho e faz o estrago. E assim o amor chegou para Rock.
A moça, uma bela ruiva de olhos azuis, era de família nobre, estudou nas melhores escolas, frequentou os mais caros lugares do mundo. Ao contrário de Rock, frequentava teatros. Estádios e bares não eram seu habitat. Erudita, como era chamada, enfeitiçou meu filho. Teve até quem disse que ela estragou meu filho, impondo classe a quem, segundo eles, devia ser o oposto disso. Eu não seria tão taxativo quanto a isso.
Dessa união surgiram frutos, um deles herdou toda a revolta de seu pai, outro a classe da mãe e o outro, bom, esse conseguiu unir ambos com maestria.
O mais velho dos filhos, chamado Progressivo, era muito parecido com sua mãe. Classudo, tudo para ele era grandioso, a megalomania era sua principal característica. Não sei porque, mas ele construiu uma relação estreita com o seu tio, o Jazz, bem maior do que com o seu próprio pai. Muito dos traços de sua personalidade foram fruto da sua relação com o seu meio irmão, o Psicodélico.
Diziam as más línguas que Progressivo não era filho do Rock, e sim do Jazz. Até hoje a lenda continua.
Metal, o filho do meio, era a ira conta tudo e todos. Seu meio irmão Psicodélico, que era fruto de uma relação rápida que seu pai teve em certa época, era tudo o que ele execrava.
Para Metal, a vida não era paz e amor, pelo contrário, era ódio e escuridão. Alguns diziam que Metal era afeito ao demônio. Ele nunca admitiu, tampouco desmentiu. Ele sempre foi próximo a mim, desde seu nascimento, e acabou sendo acusado de muitas das coisas que eu fui. Claro, com maior veemência.
Metal conseguia dosar as características de seus pais, mesmo que fosse mais parecido com o seu pai.
Durante os anos de sua existência, Metal se relacionou com diversas mulheres, tendo muitos filhos dos mais diferentes estilos.
O mais novo, Punk, era a essência do que seu pai foi. Ele era a revolta adolescente, apesar de possuir a maturidade necessária para abordar os temas que o incomodavam e contrariar a quem e o quê ele não gostava.
Somente seu pai conseguia agradá-lo. Nunca teve uma boa relação com sua mãe e irmãos, principalmente com Progressivo, que ele odiava por achá-lo metido demais. Nunca acreditou, inclusive, que fossem irmãos realmente. Ele sempre me respeitou, apesar de não sermos muito próximos.
Metal e Punk nunca se deram muito bem, mas a coisa se acirrou por causa de uma mulher. Sempre elas!
Punk conheceu uma inglesa, chamada Nova Onda, e tiveram um caso rápido. Nova Onda achava Punk meio imaturo, e alguns dizem que ele batia nela, inclusive.
A moça gostava e admirava muito Metal desde que ela era criança. Dessa admiração surgiu um amor estonteante, ainda na época em que tinha um lance com Punk. Até hoje dizem que ela flertou com ambos simultaneamente.
Nova Onda teve um filho, Thrash, que apesar de levar o sobrenome de Metal, alguns dizem ser filho de Punk. Essa rusga dos dois me destrói até hoje, apesar de já não ser tão grande como foi.
Particularmente, acho que Thrash é filho de Metal, mas que ele tem muito do seu tio, isso ele tem.
Minha família é enorme, mas os anos passam e eles não conseguem se acertar. A coisa é tão feia que seus amigos e admiradores trocam farpas até hoje. A harmonia não existe.
Uma vez, alguns religiosos me rogaram uma praga: disseram que eu e meus descendentes teríamos sucesso, dinheiro e fama, mas nunca viveríamos em paz. E de fato, não vivemos mesmo!"
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domingo, 2 de junho de 2013
sábado, 2 de março de 2013
Sons que você não conhece... mas deveria!
Mike & The Mechanics - Word of mouth
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domingo, 3 de fevereiro de 2013
The Very Best Of Hard Rock Ballads (2008)
cd 1
1. Warrant – Heaven
2. Skid Row – I Remember You
3. White Lion – When The Children Cry
4. Winger – Headed For A Heartbreak
5. Damn Yankees – High Enough
6. Firehouse – Love Of A Lifetime
7. Mr. Big – To Be With You
8. Kix – Don’t Close Your Eyes
9. Bad English – When I See You Smile
10. Europe – Carrie
11. Enuff Z’ Nuff – Fly High Michelle
12. Saigon Kick – Love Is On The Way
13. Cheap Trick – The Flame
14. Faster Pussycat – House Of Pain
15. Winger – Miles Away
16. Bad Company – If You Needed Somebody
cd 2
1. Poison – Every Rose Has It’s Thorn
2. Cinderella – Don’t Know What You Got (Till It’s Gone)
3. Slaughter – Fly To Angels
4. Queensrÿche – Silent Lucidity
5. Tesla – Love Song
6. Whitesnake – Is This Love
7. Kiss – Forever
8. Steelheart – I’ll Never Let You Go
9. Nelson – Only Time Will Tell
10. Scorpions – Winds Of Change
11. Great White – The Angel Song
12. Giant – I’ll See You In My Dreams
13. Extreme – More Than Words
14. Sheriff – When I’m With You
15. L.A. Guns – The Ballad Of Jayne
16. Stryper – Honestly
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