Dezembro de 2015 – Após uma campanha muito ruim no Campeonato Brasileiro e contratações desastradas (os atacantes Jean, Gilmar Pica-Tonta e Kléber Pereira, além dos meias André Beleza, Magnum e Léo Lima), Luxemburgo é demitido do Joinville, deixando o clube catarinense na 11ª colocação. Indignado com a demissão, Luxemburgo esbraveja: “Extávamos no meio de um proxexo, levei o time à Sul-Americana e exixo rexpeito. Nunca mais trabalho aqui!”
Janeiro de 2016 – É contratado pelo Santa Cruz e recebido com festa no estádio do Arruda. Os torcedores do Santa esperam que Luxemburgo consiga tirar o tradicional clube pernambucano da 3ª divisão nacional.
Abril de 2016 – O Santa Cruz faz uma excelente campanha no campeonato pernambucano e chega à final, mas perde o título para o Sport na Ilha do Retiro. O presidente do Sport ironiza Luxemburgo, dizendo que o treinador é “velho freguês” do leão da ilha. Luxemburgo pede respeito e afirma que nunca trabalhará no Sport.
Dezembro de 2016 – Decepção total no Santa Cruz: o time não consegue passar pelo octogonal que classificaria 4 times para a 2ª divisão. Luxemburgo é vaiado pela torcida do Santa, que o acusa de decadente. Irritado com as críticas, Luxemburgo pede que tenham respeito com o seu nome e afirma: “O meu ciclo no Santa terminou hoje. Nunca mais trabalho aqui!”
Janeiro de 2017 – Vanderlei Luxemburgo acerta contrato para treinar o Gurupi, de Tocantins. De quebra, filia-se ao PT e anuncia sua pré-candidatura ao senado pelo estado nas eleições do ano seguinte.
Maio de 2017 – Com reforços consagrados como os atacantes Gil e Viola e do zagueiro Odvan, além do lateral esquerdo Kléber Chicletinho, o Gurupi quebra um jejum de 4 anos sem títulos e vence o campeonato tocantinense de futebol. Luxemburgo avisa que é só o começo do “proxexo”. Continua trabalhando com o Gurupi e dedicando-se à sua candidatura.
Outubro de 2018 – Luxemburgo não consegue se eleger senador por Tocantins, mas ficou com a 15ª suplência de seu partido e na 52ª suplência da coligação. Enquanto isso, o Gurupi é ameaçado de rebaixamento na 4ª divisão do Brasileiro.
Dezembro de 2018 – O Gurupi naufraga e sequer consegue vaga para o octogonal da 4ª divisão. Na última rodada, após perder em casa para o Trem Desportivo Clube, do Amapá, a torcida do Gurupi hostiliza Luxemburgo, que desabafa na imprensa local: “Ixo é molecagem, nunca mais trabalho aqui!”
Janeiro de 2019- Às voltas com o seu reativado Instituto Vanderlei Luxemburgo de Futebol, o treinador tem convite do Atlético Ibirama, de Santa Catarina, mas resolve aceitar o desafio de ser manager do Íbis-PE. Seu auxiliar técnico, o ex-jogador Ricardinho, é o novo técnico do Íbis, que graças a Luxemburgo fecha parceria com o Iraty-PR para obter alguns atletas. Chegam ao clube pernambucano o meia Jorinélson (sobrinho de Arinélson) e os experientes Cléber Santana e Maldonado.
Junho de 2019 – Com Ricardinho no comando técnico e Luxemburgo no departamento de futebol, o Íbis disputa 32 partidas entre campeonato pernambucano e Taça Estado de Pernambuco, que classifica 4 times para disputarem a 4ª divisão do Campeonato Brasileiro. Em 32 jogos, o Íbis perde 30, empata 1 e vence 1 partida polêmica contra o Serrano, em Serra Talhada, com arbitragem duvidosa do árbitro Márcio Rezende de Freitas Filho. Torcedores do Íbis, inconformados com a vitória do time, que perdeu o posto de “pior time do mundo” para o Dostolstói FC Vladivostok, da Rússia, hostilizam o dirigente Luxemburgo, que afirma: “Nunca mais vou trabalhar no Íbis.”
Janeiro de 2020 – Após 6 meses dedicando-se integralmente ao Instituto Luxemburgo de Futebol, onde lança como treinadores Marcelinho Carioca (ex-meia), Carlinhos Bala (ex-atacante), Fabiano Genro (ex-volante), Astorga (ex-zagueiro) e Denílson (ex-atacante), Vanderlei volta a Santos, desta vez para treinar a Portuguesa Santista, que está de volta à 1ª divisão do Campeonato Paulista.
Abril de 2020 – A Portuguesa Santista é novamente rebaixada para a 2ª divisão do Campeonato Paulista após perder para o Santos por 5 x 0 na Vila Belmiro. Na véspera do jogo, o experiente atacante Robinho, de volta ao Santos e que conquistaria o título daquele ano, puxa o coro “Ô Vanderlei/ Pode esperar/ a sua hora vai chegar”, para extasiada irritação de Luxemburgo. Sob a alegação de ser um treinador muito caro, a diretoria da Briosa demite Luxemburgo, que esbraveja: “Xou um profixional. Não axeito como fui tratado! Nunca mais trabalho aqui!”
Dezembro de 2020 – Desempregado e tentando a carreira de empresário de jogadores, é convidado para dirigir o time dos “Amigos de Ronaldinho Gaúcho” na despedida do craque. Jogando contra o time dos “Amigos de Adriano”, perde o jogo e é xingado no Maracanã pelos torcedores, sobretudo do Flamengo. Inconsolável, afirma: “Nunca mais trabalho aqui!”
Fevereiro de 2021 – A convite do amigo Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, vai lecionar no curso de Administração Esportiva da UniMT. Luxemburgo está satisfeito com a nova função, mas admite que tem convite para treinar a seleção da Guiana. Para isso já se matriculou no curso de idiomas Santana’s Language, de propriedade do ex-técnico Joel Santana, que abandonou a carreira de treinador e virou professor de inglês para jogadores e técnicos de futebol.
Abril de 2021 - Luxemburgo é condenado a 22 anos e 5 meses de prisão por falsidade ideológica, sonegação fiscal, assédio sexual à sua manicure Cláudia e danos morais contra sua ex-amante, Renata Carla, em imbróglios ocorridos no fim dos anos 90. Contrata os melhores advogados trabalhistas do país e recorre da sentença. Gasta toda sua fortuna nos processos, mas consegue ser inocentado após subornar 2 desembargadores e 5 testemunhas. Desempregado e falido, abre uma barraca de pastel e garapa no Acari, subúrbio carioca.
Alô, pessoal do céu! Preparem um belo sanduíche de presunto, um suco de limão que pareça de tamarindo e tenha gosto de groselha, um prato cheio de churros suculentos e douradinhos, coloquem o filme do Pelé para passar no telão, um bilboquê novinho e um pirulito desses enormes. O Chaves está voltando para casa. Isso, isso, isso. Agora vai, finalmente, ser apresentado para os pais, ganhar roupa nova, poder dormir em uma cama bem macia e jogar futebol com uma bola de nuvem. Agora não tem mais piripaque, brinquedo velho, pipipipi ou cascudo na testa. Podem avisar a Tangamandápio que o Jaiminho já reencontrou o seu velho amigo. Seu Madruga também está feliz, pronto para continuar com as aulas de boxe e os ensinamentos de sapateiro. Avisem também, lá na Vila, que o Seu Barriga pode entrar sem se preocupar com qualquer acidente, que a Dona Florinda precisa contratar um novo garçom para o restaurante e para o Professor Girafales que, infelizmente, terá que retirar o nome do Chaves da chamada da escola. Tratem de dizer ao Quico e à Chiquinha para tirarem essa tristeza dos olhos e se lembrarem da promessa que fizeram: despedir sem dizer adeus jamais. O Chaves está bem, ora brincando com o Godinez no carrossel, ora jogando ioiô com os anjos em uma praia como a de Acapulco, um verdadeiro paraíso, muito diferente da casa da bruxa do 71. Meu amigo de infância colocou a trouxinha nas costas e se mandou. Eu sei Chaves, foi sem querer querendo. Que travessura a sua, nos deixar assim tão de repente.
Tinha que ser o Chaves de novo.
Obrigado pelos inúmeros momentos inesquecíveis e por ter feito parte da minha vida ontem, hoje e por todo o sempre.
Se você nasceu entre 1970 e 1990 e gosta de esportes de uma forma geral, muito provavelmente deve isso a Luciano do Valle. Foi graças ao "Show do Esporte'', nos domingos da TV Bandeirantes, que foi cunhada boa parte da atual geração da indústria do esporte no Brasil.
Além do espetacular narrador que foi, Luciano foi o maior empreendedor do esporte brasileiro. O boom de popularização que existiu no esporte nos anos 80 se deve a ele. Um cara que teve a visão da importância da mídia na massificação do esporte.
Que colocou sinuca ao vivo nos domingos, que trouxe NBA e NFL para cá antes mesmo dessas ligas montarem uma estratégia de internacionalização, que promovia grandes encontros do esporte nos seus "Verão Vivo" e "Inverno Quente'', que fez existir o vôlei no país, que deu novo salto ao basquete, que popularizou as mesas redondas, que deu à Band, por diversas vezes, a liderança na transmissão esportiva.
Graças a Luciano, conseguimos ter o mínimo de cultura esportiva além do futebol. Gênio com o microfone na mão, ele foi ainda mais visionário no que se referia à relação da mídia com o esporte. Com uma brutal diferença: o modelo criado por ele era completamente rentável para o esporte, para os patrocinadores, para a emissora que exibia os eventos e para os profissionais de mídia que lá trabalhavam.
Mais do que o fôlego afiadíssimo para gritar gols, pontos, cestas, nocautes, recordes, vitórias, Luciano era o cara que permitia fazer existir toda uma indústria de marketing esportivo no Brasil quando isso ainda era chamado de "promoção''.
O futebol, entretanto, era sua paixão. O gol para ele era um momento tão intenso quanto fugaz. Uma explosão que não machucava, nem causava ferimentos, nem dilacerava ninguém. Trazia consigo um grito inopinado que saltava um obstáculo que parecia intransponível.
A bola carrega em si mesma, em sua esfericidade, o dilema de abrir as comportas da alegria. De se infiltrar entre pernas, braços, corpos transpirando atravessados no caminho. Driblar os esquemas e as táticas, derrubar os adversários, ultrapassar a linha tão lépida quanto possível. E adormecer, por vezes, aninhada e satisfeita, num canto da rede. Ou de, entusiasmada pela força de quem a remeteu, estufar aquela teia que acolhe todos os momentos únicos de uma partida. O gol tem essa dimensão poética encravada na garganta de quem vibra. O gol traduz a emoção de quem carrega bandeiras escondidas dentro de si mesmo. O gol representa o ato que começa e termina ao transcender o lampejo de uma vitória possível mas ainda improvável, porém acena com a perspectiva de um degrau conquistado.
Sim, o gol seria tudo isso e muito mais.
Mas nunca mais será o mesmo, não terá a mesma entonação, nem a mesma profundidade, nem a lágrima da euforia transmitida nos torcedores que desconhecidos se abraçam ou a sutura da tristeza de quem sofreu um gol na carne e na derrota, como se fosse um abalo sísmico a detonar sua esperança.
Sim, o gol teria muitas cores e camisetas e bandeiras.
Mas nunca mais será o mesmo.
Pois o intérprete mais vigoroso e pungente, o mais próximo da sublimação, se calou.
Luciano, a voz do gol de todas as torcidas, concluiu sua partida derradeira.
O esporte perdeu Luciano do Valle. E precisa de novos Lucianos para conseguir voltar a ser grande.
Como nos tempos da Idade Média, mais precisamente na Roma antiga, se aproximando mais na época da decadência do império, uma tática muito usada para desviar a atenção do povo e dos fatos que realmente aconteciam sobre o governo imperial era usada como nos dias de hoje.
Os imperadores de Roma, para desviar a atenção das pessoas e dos problemas e dificuldades do império, intitulava a política do “pão e circo”, onde as massas se agraciavam com um entretenimento mórbido, assistindo à lutas até a morte de lutadores no Coliseu Romano.
Dando um pulo na história, mais precisamente neste século, nada mudou, e os governos copiosamente como os da Roma antiga, transferiram esta tática de manipulação para o povo, escravizado por esses mesmos governantes.
A política do “pão e circo” somente se atualizou com sua versão mais sofisticada nos tempos atuais. O Coliseu invadiu a televisão e transformou cada telespectador em mais um torcedor dos entretenimentos atuais, onde a mídia explora o lado mais violento do ser humano e transforma-o em esporte. Sim, vamos cultuar cada vez mais brutamontes imbecis sedentos de sangue e torná-los ídolos da nossa juventude.
O UFC é mais especificamente um evento de luta de artes marciais mistas, o tal do MMA, e que nada mais é do que uma pancadaria sanguinária cruel, e cada vez mais adquire adeptos deste lado do mundo, paradoxalmente faturando milhões e milhões à custa de uma violência gratuita. A sociedade reclama de violência, mas esgota imagens e assuntos relacionados com ela, assim como condena a violência sexual, mas explora o sexo até o esgotamento da sensualidade e sexualidade precoce em jovens e crianças, em imagens, tópicos, programas, novelas e tudo o quanto mais se chama de “arte” neste dias em que vivemos. Parece uma utopia, não? Ou melhor, hipocrisia, pois cooperam com os comportamentos mais sórdidos do ser humano, deteriorando uma sociedade cada vez mais afastada de Deus e dos valores morais.
Como nos tempos da Roma antiga, é mais um enlatado para fazer você deixar de pensar e reivindicar, agir e legislar sobre o que a elite faz com seu dinheiro entregue em impostos. Não, você não poderá falar ou pensar sobre isto, pois estará muito ocupado olhando o UFC ou aquela imperdível partida de futebol que passará na televisão hoje, ao passo que assuntos envolvendo a sua vida e a sociedade em geral podem ficar para depois. E como nos primórdios, a politica do “pão e circo” vai se imortalizando sobre os séculos vindouros, dando alegria aos imperialistas nos seus polpudos tronos. Viva a violência!
Nelson Rolihlahla Mandela. 18 de julho de 1918. 27 anos de prisão. Prêmio Nobel da Paz em 1993. Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999. 95 anos de idade. 5 de dezembro de 2013. E assim seguem os números tentando traduzir o intraduzível. Se a vida de nenhum ser humano é simplesmente resumida em números e estatísticas, tampouco a dele seria. Uma vida intensa em realizações, iluminada por idéias igualitárias e objetivos nobres não teria retratação digna mesmo com todas as combinações numéricas possíveis.
Todos os sites de buscas, todos os meios de comunicação, todos os pronunciamentos de familiares, autoridades e personalidades. Nada parece preencher a lacuna deixada pelo cessar da respiração de Madiba,como era conhecido em seu país. E o que nos resta nesta hora é colocar em prática aquele que talvez tenha sido o último e valioso ensinamento dele a seus admiradores: a tranqüilidade e a serenidade ao se lidar com o desfalecimento do corpo. Impossível não recordar as recentes aparições que, se deixavam a desejar em ação, recompensavam com incontestável demonstração de sanidade mental. São triunfos reservados a mentes privilegiadas e a seres que aprenderam a cultivar, sobretudo, a paz de espírito.
Mais do que ser o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela mostrou na prática como resistir às adversidades em nome de nossos próprios ideais. Dizem que os grandes líderes e heróis são aqueles que fazem aquilo que necessitava ser feito e que, portanto, seriam fruto do meio e momento em que vivem. Alguns deles, entretanto, ousam antecipar ainda mais os fatos e dar outro rumo ao girar constante das engrenagens da história. Assim como não se limitam a esperar o abrir da cortina para entrarem em cena, se os incentivos não lhe atingem em intensidade suficiente, rompem o cerco da comodidade e rasgam as cortinas que outrora insistiam em jogá-los sentados em cadeiras confortáveis dos bastidores da existência.
Assim como todos os números não fariam fiel representação do que foi e do que representou a existência de Mandela para seu país e para a humanidade, essas palavras mostram-se não menos insuficientes do que todas as declarações solenes ressoadas por todo o mundo. A linguagem, as palavras e os números foram desenvolvidos pelos seres humanos para darem significado às relações estabelecidas entre os homens e destes com o ambiente que os cerca. Em momentos como esses, é natural que nos faltem palavras para definir existências tão complexas e simbólicas como a de Nelson Mandela. Uma opção é dar a voz diretamente ao autor do enredo:
“A morte é algo inevitável. Quando um homem já fez o que ele considera ser seu dever perante seu povo e seu país, ele pode descansar em paz.”
Não tenho dúvidas de que a história irá fazer bom juízo de Hugo Chávez, o comandante de uma revolução pacífica e democrática, a desmembrar e expôr em praça pública o complexo e cruel pacto de permanência das elites locais. Antes de Chávez, a Venezuela não existia no mapa geopolítico mundial. Parecia ser anexo na América do Sul, um país-satélite dos Estados Unidos, a ponto de amar mais o beisebol ao futebol. Uma elite que tinha Miami como um condomínio de luxo, ao qual voltavam às sextas-feiras, depois do trabalho, empresários, políticos e cidadãos.
Antes de Chávez, a Venezuela mantinha-se dentro de uma estrutura social paralisante, dentro da qual os privilégios do petróleo, maior riqueza do país, eram distribuídos entre apenas 1% da população. Em pouco mais de uma década, o líder bolivariano tirou, de um universo de 24,6 milhões de pessoas, 5 milhões delas da pobreza absoluta.
Universalizou a saúde e a educação, criou mercados subsidiados de alimentos, ensinou política aos pobres, tirou os arreios da Venezuela em relação aos Estados Unidos e, certa vez, na sede da ONU em Nova Iorque, diante das câmaras, disse sobre o lugar que George W. Bush havia ocupado antes de sua fala: “Ainda cheira a enxofre”.
Hugo Chávez fez trocentas eleições livres na Venezuela, todas monitoradas por observadores estrangeiros e, mais ainda, por uma mídia sedenta de sangue, mas é uma tarefa inútil bater nessa tecla. Fixar a pecha de “ditador” em Chávez foi uma tentativa do Departamento de Estado americano e da mídia em geral para iniciar o processo de demonização do presidente venezuelano. Nem é preciso dizer na nossa triste contribuição nesse processo, dando notícia de como Chávez era perigoso para o mundo livre, branco e cristão. Embora Chávez, o índio, o negro, o zé-ninguém, acreditava em um socialismo baseado nas origens do cristianismo. Então, tinha que ser “ditador”, mesmo, já que a fé em Cristo impedia que lhe imputassem, também, a pecha de “comunista”.
A reação dos conservadores a Chávez, confesso, me interessava mais do que a figura do presidente, a histeria da direita latino americana, a forma primária como a propaganda contra o presidente venezuelano se disseminava pelo noticiário da mídia brasileira, as opiniões de bonecos de ventríloquos disfarçados de especialistas, o ódio dos liberais contra a erradicação de privilégios.
Chávez combateu a todos, e a todos venceu. Tinha o riso largo dos vencedores, não disfarçava o desprezo pela tibieza de seus adversários, dos que lhe acusavam de ser um tanto caricato em seu uniforme militar. Estes mesmos que, no entanto, eram suficientemente espertos para entender o significado daquela farda. Chávez deu ao Exército de onde veio um novo significado de Pátria, onde estão todos, não somente uns.
Não sou ninguém, nem tenho conhecimento o suficiente para prever o futuro da Venezuela. Mas uma coisa é certa: ela nunca mais será a mesma depois de Chávez. Você duvida? Tire suas conclusões...
- Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012. Sempre derrotou seus rivais com uma diferença de 10 a 20 pontos percentuais.
- Todas as instâncias internacionais, desde a União Européia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência das eleições.
- Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, inclusive declarou certa vez que o sistema eleitoral da Venezuela era o melhor do mundo.
- A universalização do acesso à educação, implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de alfabetização denominada Missão Robinson I.
- Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.
- O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.
- A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.
- As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao ensino superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.
- Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público para garantir o acesso gratuito à atenção médica para todos os venezuelanos. Entre 2005 e 2012, foram criados 7.873 centros médicos na Venezuela.
- O número de médicos passou de 20 por 100 mil habitantes, em 1999, para 80 em 2010, ou seja, um aumento de 400%.
- A Missão Bairro Adentro I permitiu a realização de 534 milhões de consultas médicas. Cerca de 17 milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas 1,7 milhão de vidas entre 2003 e 2011.
- A taxa de mortalidade infantil passou de 19,1 a cada mil, em 1999, para 10 a cada mil em 2012, ou seja, uma redução de 49%.
- A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
- Graças à Operação Milagre, lançada em 2004, 1,5 milhão de venezuelanos vítimas de catarata ou outras enfermidades oculares recuperaram a visão.
- De 1999 a2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa de extrema pobreza passou de 16,6% em 1999 para 7% em 2011.
- Na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Venezuela passou do posto 83 no ano 2000 (0,656) ao 73° lugar em 2011 (0,735), e entrou na categoria das nações com o IDH elevado.
- O coeficiente Gini, que permite calcular a desigualdade em um país, passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.
- Segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos desigualdade.
- A taxa de desnutrição infantil reduziu 40% desde 1999.
- Em 1999, 82% da população tinha acesso a água potável. Agora, são 95%.
- Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentaram 60,6%.
- Antes de 1999, apenas 387 mil idosos recebiam aposentadoria. Agora são 2,1 milhões.
- Desde 1999, foram construídas 700 mil moradias na Venezuela.
- Desde 1999, o governo entregou mais de um milhão de hectares de terras aos povos originários do país.
- A reforma agrária permitiu que dezenas de milhares de agricultores fossem donos de suas terras. No total, foram distribuídos mais de 3 milhões de hectares.
- Em 1999, a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia. Em 2012, a produção é de 71%, enquanto que o consumo de alimentos aumentou 81% desde 1999. Se o consumo em 2012 fosse semelhante ao de 1999, a Venezuela produziria 140% dos alimentos consumidos em nível nacional.
- Desde 1999, a taxa de calorias consumidas pelos venezuelanos aumentou 50%, graças à Missão Alimentação, que criou uma cadeia de distribuição de 22.000 mercados de alimentos (MERCAL, Casa da Alimentação, Rede PDVAL), onde os produtos são subsidiados, em média, 30%. O consumo de carne aumentou 75% desde 1999.
- 5 milhões de crianças agora recebem alimentação gratuita por meio do Programa de Alimentação Escolar. Em 1999, eram 250 mil.
- A taxa de desnutrição passou de 21% em 1998 para menos de 3% em 2012.
- Segundo a FAO, a Venezuela é o país da América Latina e do Caribe mais avançado na erradicação da fome.
- A nacionalização da empresa de petróleo PDVSA, em 2003, permitiu que a Venezuela recuperasse sua soberania energética.
- A nacionalização dos setores elétricos e de telecomunicação (CANTV e Eletricidade de Caracas) permitiu pôr fim a situações de monopólio e universalizar o acesso a esses serviços.
- Desde 1999, foram criadas mais de 50.000 cooperativas em todos os setores da economia.
- A taxa de desemprego passou de 15,2% em 1998 para 6,4% em 2012, com a criação de mais de 4 milhões de postos de trabalho.
- O salário mínimo passou de 100 bolívares (US$ 16) em 1998 para 2.047,52 bolívares (US$ 330) em 2012, ou seja, um aumento de mais de 2.000%. Trata-se do salário mínimo mais elevado da América Latina.
- Em 1999, 65% da população economicamente ativa recebia um salário mínimo. Em 2012, apenas 21,1% dos trabalhadores têm este nível salarial.
- Os adultos com certa idade que nunca trabalharam dispõem de uma renda de proteção equivalente a 60% do salário mínimo.
- As mulheres desprotegidas, assim como as pessoas incapazes, recebem uma ajuda equivalente a 70% do salário mínimo.
- A jornada de trabalho foi reduzida a 6 horas diárias e a 36 horas semanais sem diminuição do salário.
- A dívida pública passou de 45% do PIB em 1998 a 20% em 2011. A Venezuela se retirou do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, pagando antecipadamente todas as suas dívidas.
- Em 2012, a taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5%, uma das mais elevadas do mundo.
- O PIB per capita passou de US$ 4.100 em 1999 para US$ 10.810 em 2011.
- Segundo o relatório anual World Happiness de 2012, a Venezuela é o segundo país mais feliz da América Latina, atrás da Costa Rica, e o 19° em nível mundial, à frente da Espanha e da Alemanha.
- A Venezuela oferece um apoio direto ao continente americano mais alto que os Estados Unidos. Em 2007, Chávez ofereceu mais de US$ 8,8 bilhões em doações, financiamentos e ajuda energética, contra apenas US$ 3 bilhões da administração Bush.
- Pela primeira vez em sua história, a Venezuela dispõe de seus próprios satélites (Bolívar e Miranda) e é agora soberana no campo da tecnologia espacial. Há internet e telecomunicações em todo o território.
- A criação da Petrocaribe, em 2005, permitiu que 18 países da América Latina e do Caribe, ou seja, 90 milhões de pessoas, adquirissem petróleo subsidiado em cerca de 40% a 60%, assegurando seu abastecimento energético.
- A Venezuela também oferece ajuda às comunidades desfavorecidas dos Estados Unidos, proporcionando-lhes combustíveis com tarifas subsidiadas.
- A criação da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), em 2004, entre Cuba e Venezuela, assentou as bases de uma aliança integradora baseada na cooperação e na reciprocidade, agrupando 8 países membros, e que coloca o ser humano no centro do projeto de sociedade, com o objetivo de lutar contra a pobreza e a exclusão social.
- Hugo Chávez está na origem da criação, em 2011, da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), agrupando, pela primeira vez, as 33 nações da região, que assim se emancipam da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.
- Hugo Chávez desempenhou um papel chave no processo de paz na Colômbia. Segundo o presidente Juan Manuel Santos, "se avançamos em um projeto sólido de paz, com progressos claros e concretos, progressos jamais alcançados antes com as FARC, é também graças à dedicação e ao compromisso de Chávez e do governo da Venezuela".
Michael Jordan, o melhor jogador de basquete de todos os tempos, completa 50 anos neste 17 de fevereiro. O mito do Chicago Bulls e atual dono do Charlotte Bobcats foi o atleta que revolucionou o marketing esportivo e um dos principais responsáveis por solidificar a marca NBA em todo o mundo nas décadas de 80 e 90.
Jordan é o garoto-propaganda mais bem sucedido da história da Nike (com a qual tem contrato vitalício) e um dos atletas mais bem pagos de todos os tempos. Em 15 temporadas na NBA, Jordan ganhou quase US$94 milhões em salários. E, claro, ganhou e vem ganhando muito dinheiro com comerciais e produtos esportivos. Segundo a revista Forbes, em 2012, ele faturou US$80 milhões com contratos de patrocínio. Isso porque ele parou de jogar há 10 anos!
E o que dizer do currIculum dele? Foram 6 títulos da Liga, 6 prêmios de MVP das finais, 5 MVPs da temporada regular, 14 participações no All-Star Game, além de ter sido cestinha da NBA em 10 temporadas, bicampeão olímpico (1984 e 1992) e ter ganho os prêmios de calouro do ano (1985) e de melhor jogador defensivo (1988). Michael fez parte do time ideal da temporada em 10 oportunidades e, em outras 9, integrou o time ideal de defesa.
E tem mais: ele é o 3º maior cestinha da história da NBA, com 32.292 pontos (atrás apenas de Kareem Abdul-Jabbar e Karl Malone). Jordan anotou pelo menos 60 pontos em 4 jogos, e pelo menos 50 pontos em outras 31 partidas. Ele obteve médias de 33.4 pontos nos playoffs, recorde que permanece até hoje. Dificilmente esses números serão batidos.
É chover no molhado destacar a importância de Jordan para o Bulls, franquia que dominou a NBA na década de 90. Depois de levar o time de Chicago ao tricampeonato da Liga (1991-1992-1993) e de perder o pai assassinado, Jordan decidiu abandonar o basquete. Ele se aventurou no beisebol para realizar um grande sonho do pai. Não deu certo.
Em março de 1995, o eterno camisa 23 do Bulls voltou ao basquete e liderou a franquia à conquista de um novo tricampeonato (1996-1997-1998). Entrou de vez para a história do esporte e, posteriormente, para o Hall da Fama do Basquete, em 2009. As médias dele na NBA? 30.1 pontos, 6.2 rebotes, 5.3 assistências, 2.3 roubos de bola, 49.7% de aproveitamentos nos arremessos de quadra e 83.5% de aproveitamento nos lances livres, em 1.072 jogos disputados. Está bom?
Fora das quadras, Jordan colecionou mais fracassos do que sucessos. Após abandonar as quadras pela 2ª vez em janeiro de 1999, ele virou presidente de Operações de Basquete do Washington Wizards. No draft de 2001, Jordan teve a infelicidade de selecionar o pivô Kwame Brown na primeira escolha. Em setembro daquele ano, o mito decidiu retornar às quadras. Jogou duas temporadas pelo Wizards antes de se aposentar definitivamente. Em fevereiro de 2003, Jordan alcançou mais um recorde: aos 40 anos, ele anotou 43 pontos em uma partida da NBA. Sensacional.
O último jogo de Jordan foi no dia 16 de abril do mesmo ano. Ele anotou 13 pontos no duelo contra o Philadelphia 76ers. A menos de dois minutos do fim da partida, Jordan deixou a quadra ovacionado por companheiros, adversários, árbitros e mais de 21 mil torcedores.
Incomodado com o fracasso como dirigente do Wizards, Michael decidiu ter sua própria franquia na NBA e adquiriu uma parte do Charlotte Bobcats, em 2006. Quatro anos depois, ele se tornou o dono majoritário do Bobcats. Até hoje, os bons resultados não vieram. Como podem perceber, há uma diferença abissal entre o Jordan jogador e o Jordan dirigente. Mas não importa. Os feitos do jogador, do mito, serão eternos.
#1 Jordan é o jogador mais vencedor da história da NBA
Além dos 6 títulos da Liga, ele foi eleito 6 vezes MVP das finais, 5 vezes MVP da temporada, 3 vezes MVP do All-Star Game, 10 vezes o cestinha da temporada, 3 vezes o maior ladrão de bolas da liga, esteve 9 vezes no time defensivo da NBA, venceu o campeonato de enterradas 2 vezes... #2 Grande poder de decisão Jordan dificilmente falhava no momento de decidir. Dar a bola para ele nos momentos mais tensos das partidas era praticamente uma certeza de sucesso. Todas as vezes que ele disputou o título da NBA, ele saiu de quadra vencedor. #3 Popularizou a NBA em todo o mundo A NBA viveu uma crise nos anos 70 e foi a rivalidade de Magic Johnson e Larry Bird que reergueu a Liga. Mas foi a chegada de Michael Jordan que fez a NBA ganhar o mundo e se consagrar como um enorme negócio no final dos anos 80. #4 Fim de uma geração espetacular A ascenção de Michael Jordan significou o fim de uma das gerações mais talentosas da NBA. O primeiro título do Chicago Bulls - e de Jordan - foi em 1991 em cima dos Lakers, de Magic Johnson. No ano seguinte, a vitória foi em cima do Portland, de Clyde Drexler. Os Celtics, de Larry Bird, e o Detroit Pistons, de Isiah Thomas, também viram seus tempos vitoriosos serem interrompidos quando Michael Jordan atingiu o auge da carreira. #5 Voava em quadra Jordan tinha apenas 1,98m, mas parecia flutuar no ar. Nenhum jogador na NBA, até então, tinha tamanha impulsão e ficava tanto tempo no ar como ele. Por isso, ganhou rapidamente um de seus apelidos: Air Jordan. Este estilo de "atacar" a cesta influenciou toda uma nova geração de astros da NBA como Kobe Bryant, Lebron James, Dwyane Wade... #6 Maior média de pontos de todos os tempos Michael Jordan é até hoje o jogador com a melhor média de pontos da NBA na temporada regular (30.12 pontos por partida) e nos playoffs (33.45 pontos por partida). #7 A língua para fora: marca registrada Jordan surpreendeu a todos por jogar com a língua para fora da boca quando partia para cesta. No início da carreira, isso o fez parecer um "moleque atrevido" que não respeitava as grandes lendas até então do basquete. Esse tipo de pensamento rapidamente se espalhou pelos Estados Unidos na segunda temporada de Michael Jordan na NBA, quando ele disputou apenas 18 jogos da temporada regular por causa de uma lesão no pé e era um ponto de interrogação nos playofs. E no segundo jogo do duelo contra o então campeão Boston Celtics, Michael Jordan marcou 63 pontos em cima de Larry Bird. E sempre "mostrando a língua" para o ídolo dos Celtics a cada cesta. Para completar, ninguém, até hoje, fez tantos pontos em uma partida dos playoffs. Esta imagem de que Jordan "não se intimidava" ou "encolhia" diante das grandes estrelas da NBA foi essencial no início da sua carreira. E a língua para fora virou marca registrada. #8 Camisa 23 imortalizada até pelo rival A camisa 23 usada por Michael Jordan a maior parte da carreira não está imortalizada apenas no teto do ginásio do Chicago Bulls. Michael Jordan é um dos raros casos de jogador da NBA que teve a camisa imortalizada também por um rival. Em 2003, o Miami Heat retirou o número 23 do seu uniforme mesmo sem Michael Jordan nunca ter jogado pela franquia da Flórida. #9 Sucesso meteórico Logo em sua primeira temporada na NBA, Jordan teve uma média de 28,2 pontos por partida e um ótimo aproveitamento de 51,5% nos arremessos. Ele ficou apenas atrás de Larry Bird, dos Celtics, e Bernard King, dos Knicks, como cestinha da Liga. No primeiro mês como profissional da NBA, a famosa e respeitada revista americana "Sports Illustrated" estampou uma capa com o camisa 23 com o título "Nasce uma estrela". Michael Jordan conseguiu levar o fraco Chicago Bulls para os playofs naquela temporada, onde foi derrotado pelo Milwaukee Bucks. Mas o time, que tinha um histórico de 27 vitórias e 55 derrotas na temporada anterior, subiu para 38 vitórias e 44 derrotas com a chegada de Jordan. #10 Boicote no primeiro All-Star Game Michael Jordan ganhou a mídia no seu primeiro ano na NBA. Os holofotes estavam todos virados para ele. Com grandes atuações, foi logo votado pelo fãs para participar do All-Star Game em 1985. Mas isso gerou um enorme ciúme entre os outros grandes nomes da Liga. Pouco antes do All-Star Game, Isiah Thomas começou a questionar toda a atenção dada ao calouro, que "ainda não havia ganho nada e tinha muito a provar". O astro do Detroit Pistons revelou o sentimento dos jogadores já consagrados da NBA, que deixaram Michael Jordan no "congelador" durante o All-Star Game. O que se viu em quadra foi o calouro receber poucos passes dos companheiros e marcar apenas 7 pontos em 22 minutos em quadra. #11 Recorde de pontos como calouro em um jogo Isiah Thomas meio que liderou o "boicote" a Michael Jordan no All-Star Game de 1985, mas sentiu também a habilidade do calouro naquela temporada. O camisa 23 marcou 49 pontos em cima do Detroit Pistons no dia 12 de fevereiro de 1985, recorde de um calouro na NBA. Não precisa falar que Michael Jordan foi eleito o calouro do ano naquela temporada, certo? #12 Duas medalhas olímpicas de ouro Michael Jordan é um dos poucos jogadores do basquete americano a ter duas medalhas olímpicas de ouro. Ele disputou as Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, e foi uma das estrelas do Dream Team, em 1992, em Barcelona. #13 Cinco vezes MVP da NBA Michael Jordan ganhou 5 vezes o prêmio de MVP (jogador mais valioso) da temporada regular da NBA. Ele foi eleito nos anos de 1988, 1991, 1992, 1996 e 1998. Trata-se do prêmio individual mais importante dado pelo Liga e muito admirado pelos fãs de basquete. Com os 5 títulos, ele está empatado com Bill Russell. E só fica atrás de Kareem Abdul-Jabbar, que ganhou 6 vezes o MVP. #14 Maior atleta americano do século Em 1999, Michael Jordan foi eleito pela ESPN como o maior atleta americano do século 20. #15 Hall da Fama Michael Jordan foi eleito para o seleto grupo do Hall da Fama do basquete em 2009. #16 Homem de negócios Michael Jordan foi um símbolo para grandes marcas. Como garoto-propaganda, teve sua imagem estampada em lojas, anúncios e comerciais de TV no mundo inteiro. Ganhou milhões e milhões de dólares. Virou um dos rostos mais famosos do planeta. #17 Estrela de Hoolywood Em 1996, Michael Jordan se aventurou no cinema e estrelou o filme Space Jam, onde ele interpretava a si mesmo. A animação fez muito sucesso com as crianças. E reforçou ainda mais sua imagem. #18 Seis títulos da NBA Michael Jordan conquistou 6 vezes o título da NBA: 1991, 1992, 1993, 1996, 1997 e 1998. Sempre com atuações marcantes nos jogos decisivos. Ele nunca perdeu uma final na Liga. #19 Em 1988, uma temporada histórica Antes de ganhar o primeiro título na NBA, Michael Jordan fez uma temporada espetacular em 1987-1988. Ele se tornou o primeiro jogador a igualar Wilt Chamberlain e marcar mais de 3.000 pontos em uma única temporada, com a média incrível de 37,1 pontos por partida e 48,2% de aproveitamento nos arremessos. Além disso, Jordan teve grandes números defensivos também sendo o primeiro jogador da história da NBA a quebrar a marca de 200 roubadas e 100 tocos em uma temporada. #20 Recorde de vitórias na temporada regular Na temporada de 1995-96, Michael Jordan liderou o Chicago Bulls a um feito inédito. A franquia conseguiu atingir 72 vitórias e ter apenas 10 derrotas na temporada regular da NBA. Nenhuma outra franquia conseguiu ainda quebrar esta marca. #21 Mais velho a brilhar Em 21 de fevereiro de 2003, Michael Jordan se tornou o primeiro jogador da NBA com mais de 40 anos a marcar 43 pontos em uma partida. O astro jogava pelo Washington Wizards. Ele resolveu desistir da aposentadoria para disputar duas temporadas pela franquia. A marca história aconteceu na vitória sobre o New Jersey Nets por 89 a 86. Além disso, ele saiu de quadra com um "double-double" ao pegar 10 rebotes. #22 A cesta espetacular! Em 1989, o Chicago Bulls ainda vivia a síndrome de ser um time de apenas um homem, que fracassava nas primeiras rodadas dos playoffs. Os Cavs eram os favoritos, tinham vencido os 6 duelos na temporada regular. Mas com Michael Jordan em grande fase, os Bulls conseguiram vencer a série por 4 a 1. Na última partida, ele teve uma atuação espetacular. Os Bulls perdiam por um ponto faltando poucos segundos para o fim da partida quando Jordan recebeu a bola, sai correndo e, desequilibrado, fez um arremesso incrível na frente de Craig Ehlo. Cesta que dava a vitória aos Bulls e encerrava a série. Mas foi a comemoração alucinante de Jordan que encantou a todos. No dia seguinte, os jornais destacavam a atuação "cheia de emoção e coração" da nova estrela. #23 Palmas no Madison Square Garden Em seu primeiro jogo no Madison Square Garden contra o New York Knicks, Michael Jordan foi aplaudido de pé pelos torcedores. Algo raro em um dos ginásios mais tradicionais da NBA e por uma torcida que tem a fama de ser bastante hostil. #24 Final contra Drexler: 35 pontos no primeiro tempo Michael Jordan estava possuído nas finais da NBA de 1992 contra o Portland. No duelo contra Clyde Drexler, ele marcou 35 pontos apenas no primeiro tempo da partida, incluindo 6 bolas de três pontos. Um recorde que ainda não foi superado na Liga. #25 Recorde de pontos nos playoffs e 3º maior cestinha da NBA Mesmo ficando algumas temporadas se aventurando no beisebol e decidindo se aposentar relativamente cedo, Michael Jordan encerrou a carreira com 5.987 pontos marcados nos playoffs, recorde que segue até hoje na NBA. Ele também fez um total de 32.292 pontos na temporada regular e é o terceiro maior cestinha de todos os tempos da Liga ficando apenas atrás de Kareem Abdul-Jabbar (38.387) e Karl Malone (36.928). #26 O homem da capa Ao longo da carreira, Michael Jordan apareceu 50 vezes na capa da revista americana Sports Illustrated, uma das mais respeitadas de todo o mundo. A última vez, justamente, agora ao completar 50 anos! #27 Na lista das celebridades mais poderosas Em junho de 2010, Michael Jordan foi eleito pela revista Forbes como a 20ª celebridade mais poderosa do mundo, com um faturamento de US$55 milhões (R$110 milhões) entre junho de 2009 e junho de 2010. De acordo com o artigo da Forbes, apenas a marca Jordan Brand gerava uma receita de US$1 bilhão (R$2 bilhões) para a Nike. #28 Geração sem título Grandes jogadores da NBA não conseguiram conquistar um título da Liga por fazer parte da mesma geração de Michael Jordan. Estão na lista nomes como Charles Barkley, Patrick Ewing, Karl Malone, Reggie Miller, John Stockton... #29 Pesadelo para alguns dirigentes Vai entender... mas dois dirigentes da NBA não levaram fé no sucesso de Jordan. O jogador foi 'apenas' a terceira escola no draft de 1984 da Liga. Antes dele, os olheiros do Houston Rockets preferiram Hakeem Olajuwon como a primeira escolha. E Sam Bowie foi a segunda escolha do Portland Trail Blazers. #30 Último ponto na NBA Em 16 de abril de 2003, Michael Jordan marcou os seus últimos pontos na NBA. Jogando contra o Washington Wizards, ele acertou um lance livre faltando 1m45s para o fim da partida contra os 76ers. Jordan marcou 15 pontos naquela partida, a mesma pontuação da sua estréia na NBA. #31 Mais do que um cestinha Michael Jordan não era apenas um grande pontuador. Era um jogador completo. Apontado como um dos melhores defensores da NBA na sua geração, ele também tinha números respeitáveis nos rebotes (6.672 na carreira - média de 6.2 por jogo) e assistências (5.633 na carreira, média de 5.3 por partida). #32 Geração 23 Michael Jordan influenciou uma geração de jogadores que resolveram escolher a camisa 23 para jogar na NBA. O melhor exemplo é Lebron James, que jogava com o número por admirar Jordan (quando se transferiu para o Miami Heat, Lebron passou a usar o número 6). Além dele, há dezenas de outros exemplos como Marcus Camby, Cedric Ceballos, Anthony Davis, Kevin Martin, Jason Richardson, entre outros. #33 New York State of mind Michael Jordan sempre teve uma relação de sucesso com o New York Knicks e o Madison Square Garden. Em 1995, ele resolveu decidir da aposentadoria e voltar ao basquete. E sua primeira grande atuação foi justamente no memorável ginásio. Jogando contra uma das melhores defesas da NBA, Jordan fez 55 pontos e marcou a cesta que deu a vitória por 113 a 111 aos Bulls. Era apenas apenas a quinta partida de Jordan em sua volta. "Isso é Michael Jordan. É por isso que ele é o melhor ", disse o armador do Knicks, John Starks, após o jogo. #34 Dez vezes na seleção da NBA Michael Jordan foi eleito por 10 vezes para o time dos melhores da temporada da NBA. #35 Emoção no primeiro título A cena emocionou os Estados Unidos. Logo após vencer o primeiro título da NBA em cima o Los Angeles Lakers. Michael Jordan abraçou com força o troféu e começou a chorar sem parar. O público se identificava com esse "lado humano" do astro. #36 Título em homenagem ao pai Michael Jordan sempre foi muito ligado ao pai, James Jordan, assassinado em julho de 1993 por dois ladrões, que foram condenados à prisão perpétua. O corpo do pai de Jordan só foi encontrado quase um mês depois jogado em um pântano. O trauma fez o jogador abandonar o basquete logo após conquistar o tricampeonato pelos Bulls. Jordan resolveu ir jogar beisebol para homenagear o pai, que sempre quis que ele praticasse o esporte. Jordan representou os Chicago White Sox e os Scottsdale Scorpions em 1994. Após uma temporada de muita reflexão, ele resolveu voltar ao basquete em 1995. O Chicago Bulls voltou a ser campeão em 1996. E, na comemoração, Michael Jordan abraçou com muita força a taça. O título foi dedicado ao pai. #37 Camisa 45 Quando resolveu voltar à NBA para jogar, Michael Jordan preferiu vestir a camisa 45 no início. O número era usado pelo irmão mais velho de Jordan, Larry, na faculdade. #38 Despedida especial no All-Star Game Michael Jordan participou de 14 edições do All-Star Game. O último foi em 2003, quando completava 40 anos de idade. Foi uma noite especial. Mariah Carey fez o show do intervalo vestindo uma camisa de Jordan. Ele marcou 20 pontos e chegou a 262 no All-Star Game, ultrapassando Kareem Abdul-Jabbar. Na despedida, Jordan disse: "Deixo o jogo em boas mãos." #39 Melhor defensor da NBA em 1987-88 Além de maior pontuador da NBA, Michael Jordan foi eleito também o melhor defensor da Liga na temporada 1987-88. Ele teve médias de 3.16 roubadas de bola e 1.6 tocos por jogo. #40 Emoção ao enfrentar os Bulls Por 13 temporadas, Michael Jordan brilhou nos Bulls. Em 24 de janeiro de 2003, ele fez uma última viagem a Chicago, mas para enfrentar a franquia do coração atuando pelo Washington Wizards. A camisa não importava e Jordan foi aplaudido de pé pelos 23.215 torcedores durante quatro minutos quando entrou em quadra para aquecer. Jordan se emocionou. Quebrou o protocolo e pediu o microfone para falar: "Obrigado. Tem sido um verdadeiro prazer. Vocês me deram um enorme prazer por jogar aqui. Eu amo todos vocês." #41 Total de 1.072 jogos na NBA Michael Jordan fez, no total, 1.072 jogos na carreira pela NBA. Foram 32.292 pontos, com um aproveitamento de 49,7% dos arremessos. #42 Admiração dos rivais Michael Jordan conquistou a admiração dos seus principais rivais. Em uma das entrevistas mais marcantes de Magic Johnson, ele o definiu da seguinte maneira: "Há Michael Jordan e depois há todo o resto de nós." #43 Homem dos playoffs Michael Jordan tem uma média de pontos maior nos playoffs do que na temporada regular. Nos jogos decisivos, Jordan fez 33.4 pontos em média. Já na temporada regular, a média "cai" para 30.1 pontos. #44 Cavaliers, a vítima preferida... O Cleveland Cavaliers sofreu nas mãos de Michael Jordan. A maior pontuação do astro na carreira aconteceu contra o rival. No dia 28 de Março de 1990, o jogador marcou 69 pontos. #45 Mais de 50 pontos Por 39 vezes na carreira, Michael Jordan marcou mais de 50 pontos em uma partida. #46 Inspirou modelo de tênis Michael Jordan inspirou uma linha de tênis da Nike, "Air Jordan", utilizada por muitos jogadores da NBA. #47 Bicampeão do torneio de enterradas Michael Jordan venceu o torneio de enterradas mais espetacular de todos os tempos segundo os fãs da NBA. Em 1988, ele e Dominique Wilkins proporcionaram uma disputa memorável. Foi uma vingança pela derrota em 1985 para Wilkins. Jordan perdia e na última tentativa fez um salto magistral da marca do lance livre e voando com as pernas abertas até a cesta, em uma cena que virou marca registrada. O astro conquistava o bicampeonato - ele também venceu no ano anterior, em 1987. E depois do título resolveu não disputar mais a competição no All-Star Game. #48 Camisa 23 roubada!
A admiração dos fãs por Michael Jordan era tão grande que o jogador teve o uniforme roubado no vestiário uma vez antes de uma partida contra o Orlando Magic, em 1990. O astro precisou entrar em quadra vestindo a camisa 12, sem o seu nome nas costas. Ele marcou 49 pontos naquela noite e comandou a vitória dos Bulls.
#49 Um homem de US$80 milhões Somente em 2012, Michael Jordan teria faturado cerca de US$80 milhões (R$159,5 milhões). Ele tem contratos com várias marcas como Nike, Gatorade, Hanes, Upper Deck e 2K Sports, por exemplo. Além disso, é dono de seis restaurantes que levam o seu nome nos Estados Unidos, uma concessionária de carro em Carolina do Norte e é dono de cerca de 80% das participações do Charlotte Bobcats, franquia da NBA.
#50 Aposentadoria no auge Michael Jordan resolveu se aposentar no auge da carreira, logo após de uma performance espetacular nas finais da NBA contra o Utah Jazz na temporada de 1998-1999. E ainda marcando a cesta final do título. Ele tinha 36 anos na época. Jordan ainda voltou posteriormente jogar algumas partidas pelo Washington Wizards, mas podemos dizer que foi apenas "para se divertir". Pela franquia, Jordan teve médias de 22.9 pontos, 5.7 rebotes e 5.2 assistências por jogo.
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