20 anos de Rogério Ceni no Morumbi. 13 anos batendo faltas e pênaltis para fazer 100 gols na carreira e na história. Campeão do mundo, da América, do Brasil, de São Paulo e do Morumbi. E isso irrita quem não é.
17 anos de Rogério defendendo a meta tricolor. “Meta” que é a palavra perfeita para definir o craque. Ele é um profissional que parece bater um tiro de meta já com o objetivo definido. Determinado. Para isso se prepara. Treina. Estuda. Pensa. Faz. E isso irrita quem não se compromete como ele.
Os 100 gols de falta e de pênalti não são acaso. São casos pensados. Treinados. Ele é daqueles que treinam até faltar luz no centro de treinamento. E por isso acaba sendo tão iluminado quando é necessário. Quando é preciso como Rogério na meta são-paulina. Ainda mais tricolor quando defendida pelo maior craque-bandeira da história do clube. E isso irrita quem não gosta dele e do São Paulo.
Rogério não dá bola porque ele não a larga. É daqueles goleiros que diminuem o tamanho do gol para os adversários. Com Rogério, no banco de 1993 a 1996, titular absoluto desde 1997, o São Paulo, se não ganhou tudo, foi quase tudo. E quase tudo parou nas mãos de Rogério, e passou pelos pés, pela cabeça, pelos dedos do líder incontestável. Para o bem e para o mal. E isso irrita.
Rogério não é perfeito, muito também por ser perfeccionista. Exige tanto que chega a irritar. E ao se irritar, cobra porque se cobra mais que tudo e que todos. E isso irrita.
Como algumas saídas de meta em forma da cruz que aprendeu com o ídolo Navarro Montoya (que os não poucos críticos reclamam que ele se ajoelha demais); como as adiantadas nos pênaltis; como a fome de jogar de qualquer jeito; como algumas cobranças de falta desnecessárias no passado; como algumas cobranças no elenco exageradas; como algumas cobranças da (e na) direção mal contornadas no vai-não-sai para o Arsenal em 2001, que quase acabou com parte dessa história impressionante; como algumas poucas falhas em momentos decisivos que acontecem com todos os mortais. Por mais imortal que ele seja no Morumbi. E isso irrita.
Ainda mais os adversários que querem ver os erros do mundo nas luvas de Rogério. Parte da empáfia assumida e juramentada e juvenalizada são-paulina passa pelo capitão, líder e exemplo. Mas repare em cada linha bem pensada, articulada e falada por Rogério. Na derrota, na vitória, Rogério está sempre lá para defender o São Paulo. Pode perder a linha, vez ou outra. Mas jamais a segurança que passa aos companheiros, aos rivais e à instituição. À família são-paulina e à família Ceni que defende fora de campo tão bem como ele segura as pontas e os trancos na meta. Neste mundo midiático, escancarado e escandalizado, Rogério preserva e se preserva com categoria. Não se perde na noite e ganha o dia. E isso irrita.
Porque ele é diferente. Não apenas por fazer defesas como poucos na história do clube, não apenas por fazer gols como ninguém na história do futebol. Se Rogério pensa muito bem no que fala e no que faz, não pensa em ser lembrado e admirado como um ídolo de todas as torcidas. Rogério é tão são-paulino que tem o compromisso com o São Paulo. Só. De ser feliz e amado pelos tricolores. Só. E não faz questão de ser o ídolo que merecia ser de todos os torcedores. E isso irrita.
Como devem se irritar os não-são-paulinos que não puderam ver o Liverpool campeão do mundo porque Rogério segurou todas as bolas do massacre na final de 2005. A falta na gaveta de Gerrard que Rogério defendeu como se fosse um Ceni. O chute cruzado num bolo de gente que Rogério defendeu como se fosse um Ceni. As defesas daquele que foi tudo no Japão como se fosse um Ceni. E ainda foi o artilheiro do São Paulo na campeoníssima temporada de 2005 como se fosse um Ceni. E isso irrita.
Um ano depois de Rogério chorar como criança quando eliminado pelo Once Caldas, na semifinal da Libertadores de 2004, em Manizales. Quando pensou que não conseguiria mais (re)conquistar o que já havia ganho como reserva do imenso Zetti. Digno sucessor da escola tricolor de Valdir Peres, Sérgio Valentim, José Poy. Grandes, imensos goleiros debaixo das traves, em toda a grande área. Mas nenhum, no São Paulo, senhor de todas as áreas como Rogério. E isso irrita.
Talvez Rogério não seja mais goleiro que outros goleiros tricolores. Talvez Rogério não seja o maior craque entre tantos craques e gênios são-paulinos. Talvez outros raros tricolores tenham sido tão são-paulinos quanto ele. Mas não há ídolo como Rogério Ceni. Como diz com muita razão e enorme paixão o são-paulino, todos os times têm um goleiro. Só o São Paulo tem Rogério Ceni. E isso não se imita.
terça-feira, 29 de março de 2011
AC/DC: o mundo dos goleiros 'Antes de Ceni' / 'Depois de Ceni'
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sábado, 26 de março de 2011
Whitesnake - The Definitive Collection (2006)
1. Don't Break My Heart Again
2. Walking In The Shadow Of The Blues
3. Ain't No Love In The Heart Of The City
4. Ready An' Willing
5. Slide It In
6. Love Ain't No Stranger
7. Slow An' Easy
8. Fool For Your Loving ‘89
9. Judgement Day
10. The Deeper The Love
11. Now You're Gone
12. Looking For Love
13. Give Me All Your Love
14. Is This Love
15. Here I Go Again ‘87
16. Still Of The Night
17. Pride And Joy
18. We Wish You Well
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2. Walking In The Shadow Of The Blues
3. Ain't No Love In The Heart Of The City
4. Ready An' Willing
5. Slide It In
6. Love Ain't No Stranger
7. Slow An' Easy
8. Fool For Your Loving ‘89
9. Judgement Day
10. The Deeper The Love
11. Now You're Gone
12. Looking For Love
13. Give Me All Your Love
14. Is This Love
15. Here I Go Again ‘87
16. Still Of The Night
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sábado, 19 de março de 2011
Em busca das migalhas de Obama
O tempo é o senhor absoluto das verdades. Para o bem e para o mal. Há menos de meio século, uma turma bradava nas ruas palavras de ordem contra o que era chamado de “imperialismo norte-americano”. Em nome de causas como essa, milhares foram submetidos às mais atrozes torturas nos porões sombrios da linha dura. Outras centenas deram as próprias vidas. De lá pra cá, uma ala dessa turma ascendeu ao poder e hoje refastela-se no conforto da amnésia política e da subserviência crônica e cultural. Como presente de Páscoa, renderão ao Brasil um espetáculo de puxa-saquismo nos próximos dias, durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, portador das mais obscuras intenções possíveis.
Ao que tudo indica, Barack Obama, tal qual um coelhinho, só vem ao Brasil para distribuir seus ovos de Páscoa, posar de bonito nas fotografias e tentar azeitar algum negócio com os tupiniquins, visando apenas seus próprios cofres hoje tão precários. A famigerada compra dos caças e o carinho petista com o Irã são algumas delas. Ou alguém ainda acredita que o ex-pop star virá ao Brasil para anunciar o fim da bitributação de empresas brasileiras nos Estados Unidos ou a extinção das barreiras protecionistas que dificultam a entrada dos nossos produtos no mercado norte-americano? Santa ingenuidade.
Ainda assim, muito além da deferência a uma visita oficial de um chefe de Estado, politiqueiros de toda espécie disputaram a tapa a inclusão de seus feudos no roteiro do passeio de Obama. Como sempre, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro e gandula-mor da administração “lulo-petista”, conquistou o direito de dar palanque ao presidente norte-americano. Em alvoroço, as comunidades pseudo-pacificadas querem seu lugar ao sol e sonham ver Obama subindo suas ladeiras. É como bem diz o historiador econômico norte-americano David Landes, simples e direto, a propósito de o mundo ser dividido em três tipos de nações: “Há aquelas em que as pessoas gastam muito dinheiro para não aumentar de peso, aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas que não sabem de onde virá a próxima refeição”. Como o pão está curto e caro, fiquemos, pois, apenas com o circo. Tiririca está aí para ilustrar tal metáfora.
E a tenda vai estar bonita no Rio de Janeiro nos próximos dias. Barack Obama fará um discurso com uma retaguarda de 2550 bajuladores a contemplar-lhe os fundilhos. Divididos por estamentos, óbvio. 50 “supervips” ficarão posicionados bem pertinho do presidente norte-americano, os chamados papagaios de pirata; outros 500 “vips” estarão um metro atrás; e 2000 convidados ilustres – um pouco menos “vips” – ficarão ao fundo, bem atrás. Um espetáculo que deve custar alguns milhões de reais ao Estado que chora pitangas e não consegue concretizar, por exemplo, a ajuda humanitária às vítimas das tragédias dos últimos dois anos país afora. Mas está tudo certo. Para uma população que legitima um governo estadual fundado em factóides midiáticos e operações carnavalescas, está ótimo.
Resta saber quem serão os privilegiados que receberão os ovos de Páscoa de Barack Obama. Falta-nos um Superman com olhar de raio-x, capaz de radiografar o presidente norte-americano no momento do discurso. Acredito que o filme revelaria uma abundância de bocas a tentar lambiscar o presente. O resto é bobagem.
Ao que tudo indica, Barack Obama, tal qual um coelhinho, só vem ao Brasil para distribuir seus ovos de Páscoa, posar de bonito nas fotografias e tentar azeitar algum negócio com os tupiniquins, visando apenas seus próprios cofres hoje tão precários. A famigerada compra dos caças e o carinho petista com o Irã são algumas delas. Ou alguém ainda acredita que o ex-pop star virá ao Brasil para anunciar o fim da bitributação de empresas brasileiras nos Estados Unidos ou a extinção das barreiras protecionistas que dificultam a entrada dos nossos produtos no mercado norte-americano? Santa ingenuidade.
Ainda assim, muito além da deferência a uma visita oficial de um chefe de Estado, politiqueiros de toda espécie disputaram a tapa a inclusão de seus feudos no roteiro do passeio de Obama. Como sempre, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro e gandula-mor da administração “lulo-petista”, conquistou o direito de dar palanque ao presidente norte-americano. Em alvoroço, as comunidades pseudo-pacificadas querem seu lugar ao sol e sonham ver Obama subindo suas ladeiras. É como bem diz o historiador econômico norte-americano David Landes, simples e direto, a propósito de o mundo ser dividido em três tipos de nações: “Há aquelas em que as pessoas gastam muito dinheiro para não aumentar de peso, aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas que não sabem de onde virá a próxima refeição”. Como o pão está curto e caro, fiquemos, pois, apenas com o circo. Tiririca está aí para ilustrar tal metáfora.
E a tenda vai estar bonita no Rio de Janeiro nos próximos dias. Barack Obama fará um discurso com uma retaguarda de 2550 bajuladores a contemplar-lhe os fundilhos. Divididos por estamentos, óbvio. 50 “supervips” ficarão posicionados bem pertinho do presidente norte-americano, os chamados papagaios de pirata; outros 500 “vips” estarão um metro atrás; e 2000 convidados ilustres – um pouco menos “vips” – ficarão ao fundo, bem atrás. Um espetáculo que deve custar alguns milhões de reais ao Estado que chora pitangas e não consegue concretizar, por exemplo, a ajuda humanitária às vítimas das tragédias dos últimos dois anos país afora. Mas está tudo certo. Para uma população que legitima um governo estadual fundado em factóides midiáticos e operações carnavalescas, está ótimo.
Resta saber quem serão os privilegiados que receberão os ovos de Páscoa de Barack Obama. Falta-nos um Superman com olhar de raio-x, capaz de radiografar o presidente norte-americano no momento do discurso. Acredito que o filme revelaria uma abundância de bocas a tentar lambiscar o presente. O resto é bobagem.
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domingo, 13 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
E se a Gaviões da Fiel homenageasse Pelé no Carnaval?
O carnaval acabou, mas meus ouvidos ainda escutam um zumbido. Explico: é que um bloco carnavalesco achou por bem eleger a rua em frente à minha casa como sua sede, de modo que o baticum perseguiu-me durante todos os dias e, pior, noites do reinado de Momo.
Por conta disso, meus sonhos foram confusões carnavalescas.
Vi-me morrendo afogado em um mar de confetes e enforcado por serpentinas. Sem falar nos devaneios eróticos, em que Grazi Massafera misturava-se a Ana Hickmann, Sabrina Sato a Kelly Key, e, misteriosamente, Preta Gil à águia da Portela.
Mas o mais curioso foi que sonhei que uma escola de samba, a Gaviões da Fiel, fazia um belo desfile que contava a vida de Pelé.
Na comissão de frente, como não poderia deixar de ser, vinham Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe acenando para a torcida. Zito, é claro, era o diretor de harmonia. E Gilmar, o mestre da bateria.
Depois vinham três alas relativas às cidades onde o Rei jogou. A primeira era formada por homens fantasiados de bauru. Nota para as esvoaçantes folhas de alfaces amarradas aos braços dos foliões, transbordando dos sanduíches e dando leveza às fantasias.
A ala “Santos, Sempre Santos” era formada por umas cem pessoas, cada uma fantasiada de um santo diferente. O destaque, obviamente, era São Jorge, que vinha montado em um imenso dragão.
Depois veio a ala “Niuiorque, Niuiorque”, onde todos estavam vestidos como a Estátua da Liberdade. Só que, em vez de tochas, seguravam bolas. E vestiam a camisa do Cosmos.
A segunda maior ala em tamanho foi a “Ala dos Mil Gols”, e ela era formada por nada menos do que mil pessoas, cada uma representando um dos gols de Pelé. Em tamanho, a “Ala dos Mil Gols” só perdeu para a “Ala das Ex-Namoradas”, composta pelas próprias.
Falando em mulheres, o “Bloco das Xuxas” fez muito sucesso. Era formado apenas por homens, todos usando imensas perucas loiras. Seguindo o “Bloco das Xuxas”, vinham o mestre-sala e a porta-bandeira, Robinho e Marta, que faziam malabarismos com a bola.
A “Ala dos Novos Pelés” comoveu o público. Era formada por crianças vestindo a camisa 10 e por Cláudio Adão, o único “novo Pelé” que deu mais ou menos certo.
As baianas vinham com vestidos imitando meia bola, causando um bonito efeito quando vistos de cima, parecendo dezenas de bolas a girar.
Uma ala de muito bom humor foi a “Sonho Corintiano”, que trazia seus foliões todos engessados.
Pelé, o próprio, vinha dentro de uma gigantesca Taça Jules Rimet de dez metros de altura, e lá embaixo os integrantes da escola estavam vestidos como a própria taça.
Mas, de repente, numa curiosa coreografia, de dentro do grande troféu saíam homens vestidos de ladrões e carregavam as mulheres fantasiadas de taça.
O carro alegórico que trazia seu filho Edinho numa prisão foi considerado de gosto duvidoso, assim como o bloco que homenageava o Pelé cantor, composto somente por integrantes surdos.
Talvez a ala mais engraçada tenha sido a “Exame de DNA, Oba!”, que falava dos filhos ilegítimos do Rei. A fantasia era simples, mas interessante: todos os componentes usavam apenas fraldas e uma máscara de Pelé.
Um humor um tanto ácido, é verdade, mas há que lembrar que o desfile foi bolado pela Gaviões.
Só não me lembro muito bem do samba-enredo, mas acho que se utilizava da melodia de uma conhecida marchinha de Carnaval e começava com algo como “Doutor, eu não engano, quando criança fui corintiano...”
Por conta disso, meus sonhos foram confusões carnavalescas.
Vi-me morrendo afogado em um mar de confetes e enforcado por serpentinas. Sem falar nos devaneios eróticos, em que Grazi Massafera misturava-se a Ana Hickmann, Sabrina Sato a Kelly Key, e, misteriosamente, Preta Gil à águia da Portela.
Mas o mais curioso foi que sonhei que uma escola de samba, a Gaviões da Fiel, fazia um belo desfile que contava a vida de Pelé.
Na comissão de frente, como não poderia deixar de ser, vinham Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe acenando para a torcida. Zito, é claro, era o diretor de harmonia. E Gilmar, o mestre da bateria.
Depois vinham três alas relativas às cidades onde o Rei jogou. A primeira era formada por homens fantasiados de bauru. Nota para as esvoaçantes folhas de alfaces amarradas aos braços dos foliões, transbordando dos sanduíches e dando leveza às fantasias.
A ala “Santos, Sempre Santos” era formada por umas cem pessoas, cada uma fantasiada de um santo diferente. O destaque, obviamente, era São Jorge, que vinha montado em um imenso dragão.
Depois veio a ala “Niuiorque, Niuiorque”, onde todos estavam vestidos como a Estátua da Liberdade. Só que, em vez de tochas, seguravam bolas. E vestiam a camisa do Cosmos.
A segunda maior ala em tamanho foi a “Ala dos Mil Gols”, e ela era formada por nada menos do que mil pessoas, cada uma representando um dos gols de Pelé. Em tamanho, a “Ala dos Mil Gols” só perdeu para a “Ala das Ex-Namoradas”, composta pelas próprias.
Falando em mulheres, o “Bloco das Xuxas” fez muito sucesso. Era formado apenas por homens, todos usando imensas perucas loiras. Seguindo o “Bloco das Xuxas”, vinham o mestre-sala e a porta-bandeira, Robinho e Marta, que faziam malabarismos com a bola.
A “Ala dos Novos Pelés” comoveu o público. Era formada por crianças vestindo a camisa 10 e por Cláudio Adão, o único “novo Pelé” que deu mais ou menos certo.
As baianas vinham com vestidos imitando meia bola, causando um bonito efeito quando vistos de cima, parecendo dezenas de bolas a girar.
Uma ala de muito bom humor foi a “Sonho Corintiano”, que trazia seus foliões todos engessados.
Pelé, o próprio, vinha dentro de uma gigantesca Taça Jules Rimet de dez metros de altura, e lá embaixo os integrantes da escola estavam vestidos como a própria taça.
Mas, de repente, numa curiosa coreografia, de dentro do grande troféu saíam homens vestidos de ladrões e carregavam as mulheres fantasiadas de taça.
O carro alegórico que trazia seu filho Edinho numa prisão foi considerado de gosto duvidoso, assim como o bloco que homenageava o Pelé cantor, composto somente por integrantes surdos.
Talvez a ala mais engraçada tenha sido a “Exame de DNA, Oba!”, que falava dos filhos ilegítimos do Rei. A fantasia era simples, mas interessante: todos os componentes usavam apenas fraldas e uma máscara de Pelé.
Um humor um tanto ácido, é verdade, mas há que lembrar que o desfile foi bolado pela Gaviões.
Só não me lembro muito bem do samba-enredo, mas acho que se utilizava da melodia de uma conhecida marchinha de Carnaval e começava com algo como “Doutor, eu não engano, quando criança fui corintiano...”
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sexta-feira, 4 de março de 2011
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