domingo, 6 de fevereiro de 2011

Gary Moore, a morte de um mito

As cordas das guitarras de todo o mundo estão tristes. O lendário músico norte-irlandês Gary Moore faleceu nesse domingo aos 58 anos (04.04.1952 - 06.02.2011), vítima de um ataque cardíaco enquanto dormia em um hotel em Estepona, na Espanha. Ele passava férias no país ibérico.

Um dos maiores guitarristas de sua geração, Moore começou sua carreira profissional na adolescência. Ele tinha apenas 16 anos quando se mudou de Belfast para Dublin em 1969, para juntar-se ao Skid Row, originalmente uma banda de quatro membros que tinha Brush Shiels no baixo, Nollaig Bridgeman na bateria e Phil Lynott como vocalista, assim como Gary na guitarra.

Logo depois, Phil Lynott foi posto de lado, com Brush e Gary dividindo os vocais, fazendo do Skid Row um power trio do tipo que estava na moda na época, seguindo o sucesso de Rory Gallagher’s Taste e de Jimi Hendrix Experience. O Skid Row assinou contrato com a CBS Records e lançou dois discos, “Skid” em 1970 e “34 Hours” em 1971.

Adepto do blues, hard rock e jazz, Moore era também um guitarrista melódico soberbo e apareceu em muitos outros discos irlandeses em participações especiais, incluindo gravações do Dr. Strangely Strange, entre outros. Ele foi chamado para juntar-se ao Thin Lizzy por Phil Lynott para substituir Eric Bell, antes da formação definitiva de quatro membros da banda, com Scott Gorham e Brian Robertson nas guitarras.

Entretanto, no disco “Nightlife” de 1974, ele tocou o solo extraordinário de “Still in love with you”, que se tornou uma das faixas mais memoráveis da banda e uma eterna favorita para ser tocada ao vivo. Gary retornou brevemente ao grupo, quando Brian Robertson foi descartado para uma turnê pelos Estados Unidos em 1977. Moore também apareceu no disco “Black Rose”, lançado em 1979.

Seu relacionamento com o vocalista e compositor Phil Lynott era altamente competitivo e havia freqüentes desentendimentos entre eles, mas eles permaneceram como parceiros musicais. Enquanto permaneceu como parte do grupo, Gary Moore teve sua própria banda, alternando entre o hard rock e o metal, influenciado por jazz e o blues. O primeiro disco de sua banda foi lançado em 1973. Nos últimos anos, ele tinha retornado a suas raízes, primeiro com o lançamento de “Still got the blues” em 1991 (contendo a música homônima, tida como um dos maiores solos de guitarra da história) e depois com “Back to the blues”, em 2001. Ao todo, ele lançou 20 discos de estúdio, assim como 6 compilações ao vivo, incluindo o dvd “Live At Montreaux”.

Certamente, o mundo da música perde um dos maiores gênios da guitarra. Que Gary Moore continue a dedilhar seus acordes onde quer que esteja!

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