sexta-feira, 7 de setembro de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Artista da vez - TEARS FOR FEARS
país: Inglaterra
gênero: pop rock, new wave, synthpop
integrantes:
Roland Orzabal (vocal e guitarra)
Curt Smith (vocal e baixo)
domingo, 5 de agosto de 2012
Michael Phelps, uma lenda ante nossos olhos
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
O jubileu de diamante que era vidro e se quebrou
Atualmente, Elizabeth II é a monarca constitucional e chefe de Estado do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu. É também a chefe da Comunidade de Nações, governante suprema da Igreja da Inglaterra (também denominada Igreja Anglicana), comandante-chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Lorde de Mann e Duquesa de Normandia. É a chefe de estado que possui a maior superfície terrestre sob seu domínio, com cerca de aproximadamente 1/6 das terras do planeta.
Quando a rainha foi coroada, em 6 de fevereiro de 1952 (e ainda na festa da coroação, em 2 de junho de 1953), o Reino Unido, mesmo empobrecido e endividado pela II Guerra Mundial, ainda podia se ver como a terceira potência mundial. Sua economia ainda era a terceira maior do mundo (e a maior da Europa), a frota naval sobrevivente da guerra ainda era respeitável e em outubro desse ano o país se tornaria o terceiro a detonar uma bomba atômica (perto das ilhas Montebello, na Austrália Ocidental). Londres ainda controlava o Canal de Suez, grande parte da África do Cairo ao Cabo, a maior parte do petróleo do Golfo Pérsico e muito do Caribe e do Sudeste Asiático.
A jovem rainha liderava uma entidade que abrangia um quarto da superfície da Terra e um quinto da população. Domínios como Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul já eram praticamente independentes (algumas restrições simbólicas permaneceram até os anos 1970) e a Índia optara pela república, mas a Comunidade Britânica ainda era uma realidade pelo menos tão concreta quanto a União Européia de hoje. Suas economias ainda dependiam em grande parte das decisões de transnacionais britânicas e estavam integradas na vasta zona da libra, manipulada pela City londrina.
Sessenta anos depois, tem-se a impressão de que o país envelheceu ainda mais que a sua soberana. A produção econômica britânica é apenas a sétima do mundo, agora que foi ultrapassada pelo Brasil. As colônias desapareceram quase todas, salvo por alguns enclaves mantidos por pura teimosia, como as Ilhas Malvinas e Gibraltar, e outros conservados para servirem de paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman e as Ilhas Virgens Britânicas, ou para serem usadas como bases navais pelos EUA, como as Ilhas Chagos, no Índico. Política e diplomaticamente, o país é pouco mais que um apêndice dos EUA, colocando o que resta de suas forças militares e de seus serviços de inteligência a serviço das aventuras militares de Washington. Economicamente, é um integrante cada vez mais marginalizado de uma União Européia em crise.
A indústria da antiga “fábrica do mundo” praticamente desapareceu, varrida pela concorrência alemã, japonesa e chinesa e pela obsessão thatcheriana por neoliberalismo e desregulamentação. E o futuro do setor financeiro que seu governo promoveu e privilegiou e hoje é o mais competitivo do país está ameaçado pela crise européia e pela recusa da Zona do Euro a isentar a City das novas taxas e regulamentos que pretende impor ao setor em toda a União Européia.
Pouco antes do jubileu, a rainha já sofreu mais uma humilhação: logo após tomar posse em 5 de janeiro, a nova primeira-ministra Portia Simpson-Miller da Jamaica, eleita pelo Partido Nacional Popular, de centro-esquerda, prometeu instaurar a república na mais importante ex-colônia britânica não-branca do Hemisfério Ocidental, que cantava “Deus salve o rei (ou a rainha)” desde 1655. Foi um presente nada agradável para o Dia de Reis.
E agora o reino de Elizabeth II corre o risco de, em breve, perder até o direito de se chamar Unido e privar seus cidadãos do direito de se chamarem britânicos. Pois o governo regional da Escócia, cuja união com a Inglaterra originou o Reino da Grã-Bretanha em 1707, que passou a ser Reino Unido ao incorporar a Irlanda em 1801, decidiu que convocará um referendo sobre a independência no outono de 2014, logo após a comemoração dos 700 anos da batalha de Bannockburn, na qual os escoceses derrotaram a primeira tentativa de anexação pela Inglaterra.
A iniciativa do primeiro-ministro escocês Alex Salmond, cujo Partido Nacional Escocês conquistou a maioria absoluta do parlamento regional nas eleições de maio de 2011, enfureceu o primeiro-ministro conservador David Cameron e pôs em xeque a tradição do fair play britânico (que logo poderá voltar a ser apenas inglês). Cameron alega que o parlamento escocês não tem poderes para submeter esse tema a plebiscito sem a anuência de Londres e quer levar a questão à Corte Suprema. Segundo uma pesquisa de outubro, 49% dos escoceses (e 39% dos britânicos) acham que a Escócia devia ser independente, mas o apoio à separação é maior entre os jovens e pode aumentar com o agravamento da crise econômica, razão pela qual Cameron pressiona para que a consulta seja feita dentro de, no máximo, 18 meses.
Um consolo para a rainha e seus problemáticos herdeiros é que Alex Salmond pretende manter a rainha como monarca caso conquiste a independência, como ainda fazem o Canadá e a Austrália. Na verdade, diz ele, os escoceses têm uma relação com a monarquia mais amistosa e menos marcada por conflitos de classe que os ingleses e há melhores argumentos para uma república inglesa que para uma escocesa. Vale lembrar que uma pesquisa de 2009 do jornal The Guardian e da revista The Observer indicou que 54% dos britânicos apoiavam a abolição da monarquia, apesar de só 3% deles julgarem que isso era uma prioridade. Se o agravamento da crise levar os ingleses a decidir cortar mais esse gasto público particularmente inútil, a família real talvez ainda encontre abrigo nos castelos escoceses.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Tonico & Tinoco - Definitive Collection (539 a.C.)
sábado, 21 de abril de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Sons que você não conhece... mas deveria!
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
KISS: música ou marketing?
Para alguns, eles são 4 palhaços de luxo que usaram a música como desculpa para ganhar dinheiro. Para outros milhares, formam a maior banda de rock do mundo. Desde o início de suas atividades, o KISS é sempre 8 ou 80, amor ou ódio, mas com a certeza de que constitui um dos maiores impactos culturais da década de 70.
Há quem, até hoje, acuse o grupo de incompetência musical camuflada pela maquiagem e pelos efeitos especiais, ou acredite que não tem credibilidade alguma por causa de tanto merchandising. Mas uma resposta de Gene Simmons a um repórter que questionou a mesma coisa diz tudo: “Credibilidade? Está louco? Nós nunca tivemos credibilidade alguma, então por que devemos nos preocupar? Quanto mais dinheiro eu ganhar, melhor. Não estamos forçando ninguém a comprar nada. Se os fãs querem, o que podemos fazer senão satisfazer seus desejos?”
Você ainda não deve ter parado para pensar no KISS como uma marca. Nada aconteceu por acaso. Desde que começaram compondo e ensaiando em um apartamento minúsculo e imundo em Manhattan, Gene Simmons e Paul Stanley já planejavam criar um fenômeno musical, proporcionando ao público não só música e sim um espetáculo sonoro e visual completo.
Baseados em simples, mas excelentes estratégias de marketing, alcançaram níveis de popularidade que muita banda séria jamais sonhou. Já começando pela criação de personagens, adicionando storytelling, como um grupo de super-heróis de diferentes personalidades. Maquiados e fantasiados de “The Starchild” (Paul Stanley), “The Demon” (Gene Simmons), “Space Ace” (Ace Frehley) e “The Catman” (Peter Criss). Como bem já disse J.J. Abrams: mistério vende, e assim mantiveram suas “identidades secretas” por mais de uma década.
Nos primeiros shows, ganhando US$35 por noite, o KISS era motivo de risos, piadas e deboches por grande parte do público, mas chamaram atenção de muita gente não só pela estética, mas porque já nesse início pareciam ter grande sucesso. Bobagem, eram ainda apenas pé-rapados.
Para passar a imagem de que eram uma banda famosa, contrataram o popular grupo Brats para abrir um show e mandaram convites para imprensa em nome do KISS. Como se já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limousine para chegar ao local da apresentação em grande estilo.
Toda essa jogada de marketing não foi em vão. Dezenas de jornalistas e produtores de gravadoras compareceram ao show movidos pela curiosidade de ver quem eram aqueles ilustres desconhecidos que haviam contratado os famosos Brats para uma apresentação.
“Lotamos toda a primeira fila com camisetas feitas em casa, que continham o logotipo do KISS. Então, quando as pessoas entravam no clube e viam vários fãs vestidos com camisetas da banda, pensavam: - Esta banda deve ser importante”, revelou Gene Simmons sobre o primeiro grande show do KISS anos mais tarde. Alguém falou em marketing de guerrilha?
Foi depois desse episódio que conseguiram um contrato com Neil Bogart, presidente da recém-inaugurada Casablanca Records. O sucesso foi inevitável e o dinheiro começava a aparecer. Mesmo assim a banda ainda adotava truques curiosos para economizar e impressionar o público. Entre outras manobras, eles amontoavam caixotes de madeira vazios com uma frente falsa no formato de amplificadores, construindo assim uma suposta parede gigantesca dos mesmos.
Tendo em vista que cada amplificador Marshall utilizado no palco custava na época o equivalente à US$600, a mídia se perguntava: “Como era possível que uma banda desconhecida possuísse tamanho equipamento?”.
O KISS é uma banda com slogan. A partir da turnê de “Hotter Than Hell” em 1975, uma mensagem acompanha todos os shows. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: “You wanted the best and you got the best. The hottest band in the world. KISS!”. Esta repetição constante da mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda, um slogan que marca, definitivamente, o conceito KISS de ser um super-grupo.
Nesta fase, surge o empresário Bill Aucoin, renomado profissional que passa a controlar os negócios do KISS. Começam a associar a imagem da banda em quase tudo, o que fazia que ficassem cada vez mais populares e arrecadassem mais dinheiro. Podia-se encontrar, como de fato até hoje, centenas de produtos com a marca do KISS, incluindo pôsters, lancheiras, fotos, radinhos de pilha, revistas, máquinas de fliperama, bottons, adesivos, carrinhos de brinquedo, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, chaveiros, fósforos, gargantilhas, moedas comemorativas e cartões postais.
Ainda na década de 70, funda-se o KISS Army, exército de fanáticos em todo o mundo que é comandado pela própria banda. O KISS Army responsabiliza-se, como um fã clube mundial, pela promoção e divulgação da banda, produzindo fanzines e comercializando diversos materiais relacionados ao grupo. Existe ainda uma curiosa lenda em torno do KISS Army, onde dizem que o fã-clube possui uma gigantesca fortuna que será distribuída como herança aos fãs após a morte de seus ídolos.
Como se isso não bastasse, em 1978 o KISS realizou uma parceria com a Marvel Comics em mais uma estratégia de marketing. Lançaram uma revista em quadrinhos da banda, transformando Ace, Paul, Gene e Peter em super-heróis, tendo como base Capitão América, Super Homem e Homem Aranha. O detalhe é que as primeiras trezentas cópias da HQ continham sangue dos próprios músicos misturado com a tinta utilizada na impressão. No dia da retirada do sangue de cada integrante num laboratório americano, a imprensa acompanhou tudo de perto. Segundo declarações da banda, seria uma forma de “dar nosso sangue pelos fãs”.
Tudo isso transformou o KISS em uma banda com adoradores, e não apenas com fãs. A turnê mundial era monstruosa, com mais de 50 pessoas na equipe, 16 toneladas de equipamento pessoal, 24 toneladas de som, 17 toneladas de luz, 18 toneladas de cenário. Com o som e a iluminação eram gastos US$1 milhão e mais US$1 milhão com o custo do cenário. Eram necessárias 24 horas de trabalho intenso para montar toda a estrutura do show. Tudo ficava pré-estabelecido nos contratos, desde a dimensão do local escolhido para a apresentação até caracterizações detalhadas sobre os camarins. E de escasso, o dinheiro passou a ser farto. Nessa época a banda também já possuía seu próprio avião. Desde 1975 até 1980, o KISS já havia percorrido cerca de 3 milhões de quilômetros.
Desde então, começaram a acontecer por todo o mundo as chamadas KISS Conventions, uma espécie de congresso em que os fãs trocavam informações, fotos, revistas, camisetas, etc. Nesses eventos, era possível conhecer desde sósias dos integrantes até roupas originais utilizadas nos shows. Ao final de cada evento, a banda realizava um show acústico em que os fãs determinavam o repertório. Além disso, o KISS concedia uma coletiva em que os repórteres eram o próprio público.
Quando a banda se perdeu sonoramente na metade da década de 80 e com a popularidade em queda, resolveram aparecer em público pela primeira vez sem maquiagem, dizendo que estavam cansados de seus personagens. Mais uma tentativa de chamar atenção da mídia e do público. No retorno da formação original, em 1996, o impacto também foi grande: convocaram uma misteriosa coletiva de imprensa e, sem ninguém esperar, apareceram maquiados e fantasiados novamente durante o Grammy.
O primeiro show dessa reunião teve os ingressos esgotados em 45 minutos, e em 1998 lançaram a turnê do disco “Psycho Circus”. Era o primeiro show 3D em tempo real da história da música. Na porta do estádio eram distribuídos óculos especiais para o público visualizar os efeitos em terceira dimensão. Além disso, explosões, fumaça, efeitos de luz e som, números cospe-fogo e cospe-sangue, 10 minutos de fogos de artifícios no encerramento. Uma produção nada modesta: foram desembolsados US$10 milhões para que fosse realizada tal monstruosidade visual e sonora. Resultado: foi a turnê mais lucrativa nos Estados Unidos na década de 90, no ranking da revista Forbes.
90 milhões de álbuns vendidos depois, o KISS nunca foi muito elogiado pela crítica, provavelmente nunca vai ter uns de seus discos em uma lista séria de “melhores de todos os tempos” e sempre vão ser considerados palhaços de luxo por muitos, mas ainda assim deixaram uma marca espetacular na história do rock e do show business. Pergunte para Pink Floyd, Rolling Stones e U2 em quem eles se inspiraram para produzir seus mega-shows, ou aos cariocas o que foi aquele 1983 no Maracanã. Ouvir KISS ainda continua sendo uma das coisas mais divertidas de se fazer.
E para responder a pergunta do título deste post, vale citar mais uma vez Gene Simmons, um dos maiores publicitários de nosso tempo. Quando perguntado pelo apresentador britânico Tony Wilson, em 1976, sobre o que era mais importante para a banda, se a música ou todo o circo de marketing, o baixista respondeu: “o público”.
domingo, 22 de janeiro de 2012
sábado, 31 de dezembro de 2011
O mal existe?
- Deus fez tudo o que existe?
Um estudante respondeu corajosamente:
- Sim, fez!
- Deus fez tudo mesmo?
- Sim, professor - respondeu o jovem.
O professor replicou:
- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau.
O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:
- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
- Sem dúvida - respondeu-lhe.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:
- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
- E a escuridão, existe? - continuou o estudante.
- Mas é claro que sim - retrucou o professor.
- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
- Diga, professor, o mal existe?
- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
Então o estudante respondeu:
- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou o amor, que existem como existe a luz e o calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seu coração. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz. Se o senhor não possui Deus no coração, o mal sempre terá força sobre seu corpo e alma.
O professour calou-se. Não tinha argumentos.